sábado, 4 de janeiro de 2020

Tecnologia de ponta (?)

Em Silicon Valley, vai uma onda de entusiasmo esfuziante, contagiante. Já há até quem fale em Nobel da Paz!

Caminha, alimenta-se e sorri como um ser humano. Usa gravata e até nem se preocupa em abotoar o casaco. Quando fala de tempo e espaço, diz period, e não periúdo, como o homídio lusitanus. Não gagueja (tipo Joacine), e até perdeu aquele linguajar chato e monocórdico a que nos habituaram os robots. Tem até a capacidade de se reproduzir. Um espanto!
Enfim, um sucesso, um avanço assinalável, há que reconhecê-lo.

Steve Bannon, o "pai" da criatura, garante que está perfeito. De acordo com o planeado.
Só que, de perfeições, percebemos nós (de narizes percebe a Actifed). Sabemos muito bem que perfeito, perfeito, são os ditos-cujos a bater no peito.
Falta-lhe o principal, ou seja, tudo: a cabeça. Ainda que disfarçada com uma cabeleira esquisita, aquilo não é uma cabeça. É um calhau com dois olhos.

José Valdigem

3 comentários:

  1. Não sabia que o Valdigem é tão dado à pintura. O quadro que pintou é digno de um Velázquez. Parabéns.

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    1. É isso. Também de pinturas, percebemos nós. Somos o supra-sumo, o pináculo da pintura...

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  2. E se a coisa foi mesmo concebida por Steve Bannon só pode ser um calhau...

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