segunda-feira, 6 de janeiro de 2020


“Un debate muy bronco”...


...Assim qualificavam os comentadores o que se passou no Parlamento espanhol, sábado e domingo, na primeira tentativa de investidura de Pedro Sánchez à presidência do Governo; de facto valeu tudo naquela assembleia, contra um líder socialista muito desgastado, em grande parte por sua própria culpa.

Sánchez, sabendo-se em maus lençóis, ouviu com paciência de Job ser chamado traidor, bandido, estafador pelo líder dos fascistas; mas ouviu também de Gabriel Rufián, porta-voz da “Esquerra Republicana” catalã, que promete abstenção, apontando a bancada de Vox: “Usted también es responsable por este monstro”! “Imagine-se o que esta gente chamaria a Adolfo Suarez – o homem que fez a transição do fascismo para a democracia – quando legalizou o Partido Comunista”...

Feita a primeira votação, deu 166 contra 165 a favor de Sánchez, tendo a catalã Meritxell Batet, presidente do Congresso, marcado a segunda e última votação para a próxima terça-feira às 12h, 11 em Portugal, e bastará agora maioria simples para a investidura ser efectiva; uma coisa que me deixou "varado", comparando com o nosso Parlamento, é aqueles deputados chamarem ao adversário tudo que lhes vier à cabeça, sem serem advertidos pela mesa e sem que os atingidos peçam a palavra para “defesa da honra”, como aqui acontece por tudo e por nada.

A Santiago Abascal, Sánchez desmentiu correctamente as suas alarvidades com factos reconhecidamente verdadeiros, a Pablo Casado disse “Suba a la tribuna y asuma que ha perdido las elecciones cinco veces”, a Inés Arrimadas lembrou que por causa do “cordão sanitário” que o seu partido impôs ao PSOE, reduziram Ciudadanos à insignificância...


Amândio G. Martins

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.