É inicio de uma nova década com um número bem bonito – 2020 - e por isso esperamos que nos traga a concretização de coisas que há muito deviam já ter acontecido. Comecemos pela contagem do tempo de serviço que todos reconhecem que estão a prejudicar professores e outros trabalhadores não só nas suas progressões salariais como para a sua aposentação. Todas as áreas prejudicadas têm há muito os números do que deve estar em vigor e os governantes tardam a resolver este assunto que até lhes traria uma boa imagem, por exemplo, em tempos de eleições.
Para quando a oficialização de horários humanizados, e a contagem de tempo de serviço para uma reforma a tempo de ver o Sol e conviver com todos aqueles que lhes são queridos e que tantas vezes passam na sua vida de relance? A Finlândia está a pensar em reduzir os dias de trabalho para 4 dias semanais. E porque é que Portugal não estuda e aplica as trinta e cinco horas semanais a todos os sectores?
Para quando legislação que obrigue à definição de quadros de pessoal de acordo com as necessidades e dimensão da entidade empreendedora – mesmo que se trate de entidades governamentais - sem precariedades dando segurança a quem trabalha a constituir uma família e a viver sem sobressaltos, sem emigrações numa progressão do dia a dia apenas com os percalços que viver já enfrenta?
E aqui, para esta terra de Oeiras onde já vivo há tantos anos o que nos estão a reservar? Para este Município tenho esperança que comecem a olhar para as pequenas coisas com mais atenção e que oiçam os moradores que mesmo quando parecem ser insistentes exaltados têm um fundo de razão.
Eu gostaria que o Poder Local fizesse já um levantamento actualizado de todos os imóveis vazios – muito deles degradados ou em profunda degradação – e sensibilizasse e até ajudasse os seus proprietários a reabilitá-los dentro da sua volumetria e característica não só para haver mais habitações disponíveis que tem bastante procura, como para evitar que o nosso Município tivesse, em tantas ruas, o ar de abandono com que nos deparamos. Sei que escrevo isto com frequência mas é confrangedor deparar com tanta casa desabitada e a cair aos bocados e, até, em alguns casos são da responsabilidade camarária.
Este ano de 2020 deve ser a continuação da politica de reabilitar e utilizar imóveis com história que tem agradado a todos e porque não apostar com rapidez e em força no aproveitamento também para a criação das Repúblicas Seniores onde os mais velhos possam encontrar apoio conjunto mas não perdendo a sua independência factor que muitas vezes impede os mais velhos de deixarem a casa em que vivem porque a oferta que encontram não têm a liberdade que usufruem. É agora… 2020 será o inicio de uma verdadeira nova década!
Maria Clotilde Moreira
Jornal Costa do Sol - 22.01.2020
Concordo inteiramente consigo Clotilde. Os prédios, só por pertencerem a privados, fazem parte do tecido urbano e não podem ficar a "apodrecer" "ad eternum". O liberalismo tem limites, dos quais a "intocabilidade" não faz parte. Não é expropiar cegamente e dum modo "leonino", mas sim exigir responsabilidade do cidadão proprietário perante a sociedade. Quanto à "perda da liberdade", é um ponto crucial pois a Liberdade é um valor supremo... para todos!
ResponderEliminar