sábado, 25 de janeiro de 2020


Nada os vai trazer à vida...


...Mas as famílias daqueles rapazes que morreram escusadamente, na sequência de exercícios abusivos a que foram submetidos, queixam-se de o Estado não estar a comportar-se como devia; de facto, depois de terem iniciado negociações para acordarem o montante de uma indemnização, o Governo decidiu voltar atrás, esperando que a decisão seja dada pelo tribunal após julgamento, que começou há mais de um ano e não tem data para terminar, segundo se lê no JN.

Tratando-se de um julgamento complexo, em que estão em causa mais de quinhentos crimes imputados aos responsáveis pela instrução daqueles “comandos”, deve ser desesperante para aquelas famílias estarem sujeitas às demoras habituais dos tribunais, onde as coisas nunca são urgentes, sem que pareça haver quem se compadeça do seu sofrimento, pois mais que castigar os militares que terão abusado do poder, o que lhes interessa é ser de algum modo ressarcidas da perda que sofreram...


Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. Eu gosto pouco de emitir opinião taxativa em muitos dos casos em julgamento, mas aquilo que relata tem pontos que, como o Amândio fez, podem desde já ser comentados. Primeiro: quinhentos crimes?! Só isso já faz desconfiar qua a LEI desmultiplica-se... para "baralhar". Depois: o governo recua depois de decidir?! Estranho... Os rapazes estavam ou não ao serviço do Estado? Afora o hipótese de poderem ter ingerido drogas potenciadoras ( e isso é fácil de detectar), por decisão própria, ou não lhes foi diagnosticada doença prévia ( o que pode acontecer, mesmo sem erro médico) ou o treino foi mesmo inadequado. Num ou noutro caso o Estado (pelo governo) não pode ter grandes dúvidas. Quinhentos crimes?... Valha-os "Deus"!

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