Tanta coisa que não se percebe...
Em tempos que não eram de “vacas gordas”, nem pouco mais ou
menos, quem mandava promoveu a construção de linhas férreas para baixo, para
cima e para os lados, como se fazia um pouco por todo o lado, por essa Europa
fora, proporcionando às populações isoladas um meio fiável para se deslocarem a
grandes distâncias.
As pessoas nunca se movimentaram como actualmente, tornando
difícil de entender que, num tempo em que tanta gente se desloca diariamente
para os mais diversos fins, tenham sido desactivados, em vez de reformulados e reforçados no material circulante, importantes troços daqueles
caminhos, a mais segura, económica e cómoda forma de deslocação por terra.
Agora fala-se na necessidade de reabrir a linha do Tâmega,
que prestou inestimáveis serviços durante cem anos, desde a inauguração, em
1909, até 2009, quando a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula
Vitorino, decidiu pelo seu encerramento, afirmando agora que era uma decisão
inevitável, sob pena de cometer um crime não o fazendo.
A questão é que, tendo-se deixado degradar a oferta de
transporte por comboio, os cidadãos viram-se obrigados a recorrer ao seu meio
pessoal de transporte, atingindo hoje o descalabro que se conhece nos grandes
centros, entupindo entradas e saídas, atafulhando as ruas ao ponto de travar o
passo a quem anda a pé e poluindo de morte tudo quanto existe...
Amândio G. Martins
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