quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Chega de André Ventura sem vírgulas


É perfeitamente natural que um partido político, que se mede pelas percentagens de votantes nas eleições, queira ter o maior número possível de membros. Afinal, como qualquer agremiação (incluindo blogues) de pessoas unidas por uma causa. Passada, porém, a euforia da admissão de um novo membro, presume-se que, sobretudo nos partidos, se realize um qualquer escrutínio que possa assegurar um mínimo de identificação da pessoa com os princípios básicos da associação. Não sei como é que Sousa Lara integrou o partido Chega, se por iniciativa própria, se por convite. No entanto, rapidamente chegou à honra de ocupar o “lugar” de porta-voz para a Segurança Interna e a Geopolítica, iludindo (?) a vigilância interna do partido que, assim, elevou a um seu lugar de representação um credor de uma pensão vitalícia do Estado por ter exercido serviços políticos (o mais célebre foi vetar uma obra de Saramago ao Prémio Literário Europeu, acabando completamente desacreditado pelo Prémio Nobel), em frontal violação de um dos principais desígnios eleitorais do Chega, de André Ventura. Sousa Lara não levou “tau-tau”, apenas lhe “chegaram”, certamente com muita pena de todos. Mas não amuou, e vai continuar a apoiar o partido que tentou (?) enganar.

Expresso - 18.01.2020 (expurgado da parte sublinhada).

2 comentários:

  1. "Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita". Válido para Sousa Lara e... para o Chega.

    ResponderEliminar
  2. Esse Lara não podia mesmo estar noutro lado...

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.