De gente, só uma vaga semelhança...

À primeira vista parecem gente, e até se confundem com a generalidade das pessoas, mas basta uma pequena contrariedade para logo se destacarem de quem realmente sabe ser e estar, atropelando todas as regras, que se julgam isentos de cumprir; e eu, que não fui dotado com paciência para desculpar as suas patifarias, não entendo que lhes seja concedida tamanha  tolerância, que cada vez mais vem contribuíndo para um aumento de situações inadmissíveis.

Certamente arrependido de ter permitido que a filha, ainda criança, fosse viver contrariada para a casa dos pais do “noivo”, onde foi abusada sexualmemnte por este, um pai não aguentou mais os queixumes da menina e ajudou-a a fugir daquele inferno, de que resultou ter sido assassinado pelo pai do “noivo”, porque esta bicharada se permite o direito a reivindicar leis medievais, mesmo sabendo que não têm cobertura nas leis do nosso país.

Um quartel de bombeiros é invadido por um bando de energúmenos, que lá provocam estragos de monta, com o pretexto de não lhes ter sido prestado o socorro que exigiam, sem sequer darem resposta às questões que lhes eram colocadas pelos socorristas, para poderem dar ao caso o seguimento adequado; sendo sabido que esta cambada é useira neste tipo de comportamentos, vão-lhes sendo relevadas as patifarias em favor das artimanhas em que são especialistas para escapar ao merecido castigo.

Vão em crescendo intolerável as agressões a profissionais de saúde, mas a resposta prevista para conter essas barbaridades, segundo os bastonários, não vai resolver nada, e o fim anunciado das “taxas moderadoras”, além de ser injusto, pois quem pode deve pagar, só irá agravar o problema, com o espectável ainda maior entupimento dos serviços; e concordo inteiramente com o que diz Miguel Guimarães: quem agride médicos e enfermeiros no seu posto de trabalho deve pura e simplesmente perder o direito a ser assistido no SNS!...

Amândio G. Martins