sábado, 4 de janeiro de 2020


Quando tudo se falsifica...


Tenho poucas dúvidas que a maioria das pessoas que compram produtos/artigos falsificados o fazem bem conscientes disso, quanto mais não seja pela discrepância de preços; e a verdade é que raramente o consumidor faz mau negócio, sobretudo quando se trata de vestuário e calçado porque, mesmo que não durasse muito, o que pagaram também não lhes alimentava grandes ilusões e podem renovar mais vezes.

O verdadeiro problema está no rombo que os falsários causam à economia legal e aos cofres do Estado, quantificados, só em Portugal, em 1l00 milhões de euros/ano e 22 mil empregos, e em toda a União Europeia 60 mil milhões e 468 mil postos de trabalho; e a contrafacção que, além de tudo, também constitui atentado à saúde pública, quando se trata de produtos alimentares e até medicamentos, nem haverá como calcular aproximadamente os danos.

Diz-se no JN que, para além das feiras, onde sempre se vendeu contrafacção às descaradas, também já se faz o mesmo nas redes sociais, onde os traficantes nem escondem as caras e moradas, o que tem o lado bom de facilitar às autoridades o trabalho de lhes deitar a mão mais depressa, tendo já apreendido 15 milhões de euros desde 2015, só que, como se trata de actividade altamente lucrativa, como no tráfico de drogas, não haverá repressão que chegue para lhes pôr termo...


Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. É a sobrevivência...
    Eu tenho uma familiar, no Minho, que diz que, na povoação onde vive, a contrafacção faz-se "porta sim, porta sim"...

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