domingo, 2 de agosto de 2015

A FLORENCE NIGHTINGALE

A FLORENCE NIGHTINGALE
Com desvelo foi criada
Menina muito mimada
Para encanto dos salões
Dezasseis anos apenas
Mostraram-lhe vidas plenas
De outros grandes corações.

Escolheu ser enfermeira
Em decisão altaneira
E aos pais desagradando
Por não ser  esse o destino
Que naquele meio fino
Eles vinham programando…

Colocada numa guerra
Bem longe da sua terra
Com baixas arrepiantes
Melhor do que antes era
Acabou com a quimera
De muitos seus semelhantes

Nessa guerra da Crimeia
Imperdoável fogueira
Que dois monges atearam
Foi valente companheira
E socorrista primeira
De vidas que expiravam.

Sangue e lama na trincheira
E a jóvem enfermeira
Num inverno pavoroso
Viu-se de tudo carente
Comando indiferente
Sofrimento afrontoso.

A viver grande amargura
Este anjo de doçura
A tratar tantos feridos
Precisou de ser bem dura
Lembrando deveres de honra
A chefes embrutecidos.

E por fim mais consolados
Os parentes mais chegados
Dos soldados que voltavam
Eternamente tão gratos
Com poemas e abraços
O coração lhe tocavam.        Amândio G. Martins

Inapagável candeia
Nightingale na Crimeia
Henry Dunant em Solferino
“Humanizaram” a guerra
Grande vergonha da Terra

Que não quer esse destino!

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