Li algures que o homem não é anjo nem besta,
mas quando se quer passar por anjo fica besta.
E é o que se tem verificado com os “anjos
salvadores” que temos vindo a suportar, que, ao contrário daquele rebelde
inglês, esbulham os pobres para encher o bandulho aos ricos e às insaciáveis
clientelas, como vem sendo demonstrado com dados irrefutáveis.
O que mais dói neste tempo de falsidades, é
que há em Portugal figuras de elevada craveira intelectual e moral capazes de
nos resgatar do chafurdo nauseabundo em que nos vimos atolando; mas uns fazem
lembrar aquele personagem de Steinbeck que adorava barcos mas, tendo pavor do
mar, nunca dava por acabado o belo veleiro que vinha construindo, para não ter
de enfrentar o desafio de o lançar à água...
E outros são logo torpedeados mal se atrevem o
pôr a cabeça de fora, não vão eles estragar o “arranjinho” aos carreiristas sem
escrúpulos!
Amândio G. Martins
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