O país vai no bom caminho. E segue de tal modo assente em tanto
"inho", que é uma pena que se venha a perder em tanta
vacuidade, arrogância e vaidade. Vejamos então. Ali para os domínios da Foz, no
Porto, celebrou-se um casamentinho entre uma virgem, mãe de três filhinhos
e um homem poderoso e pai de mais um outro rapazinho. Como tal boda
mobilizou polícias que não as há para outros fins, gente e pessoas de muito
gabarito e de suspeito luxo saído do dinheirinho pouco limpinho,
foi necessário barrar, vedar, impedir, colocar barreiras e obstáculos, a todos
os moradores da área que virou palco do evento espectacular e da promoção dos
negócios de arromba, roubando-lhes a normalidade da vida e lhes atrasou o passo
de saída e de volta a casa. Entre os convidados, adultos florentinos, relvas
espertinhos, e crianças como o jorginho e o cristianinho,
por lá apareceu a plebe consumida e outra curiosa a tentar perceber tanta
destruição de bens públicos e jardins desfeitos para montagem das tendas com
algum perfuminho no ar espalhado pela Elma cr7 que se tenta afirmar em
qualquer cantinho que no canto não dá, já que essa modalidade pertence à
irmã e o pastel ao irmão e paizinho famoso, que lhe atribuíu uma
barriga de aluguer, calada e esquecida lá pelas américas dos neons. Eu e a
minha natércia é que somos pioneiros nestes inhos, pois foi também num
dia de agosto mais antigo que fizemos o
nosso agostinho, mais natural, sem recurso a diminutivo mas com igual
ternura. Da noiva bem constituída e com arrojados airbags, só podemos dizer bem
e que o vestido lhe assentava como uma luva, acentuava o imaginário e enciumava
a paisagem, num projecto pessoal que obedecia à sua criatividade, e cuja
assinatura ornamentará belas montras que se abrirão ao investidor e empresário
que comanda a bola e o sonho de miúdos e graúdos, oportunistas e parasitas, ao
mesmo tempo que esmagava desejos e fantasias entre os convivas, e que dela fará
uma estilista de renome. Assim haja o pastelzinho.
Até eu que não estive lá também me pus a imaginar. Coisa de homens - banais
sobretudo!
Parabéns, pelo comentário e texto.
ResponderEliminarParabéns, pelo comentário e texto.
ResponderEliminarExcelente retrato daquela "feira de vaidades " e alarde de riqueza,uma ofensa, quando no país existem milhares de portugueses a passarem mal entre os quais muitos idosos que apenas comem uma sopa por dia, e nem sequer, têm dinheiro para os medicamentos de que necessitam. Parabéns, caro mouraria-mouraria.
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