sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Morreu uma mulher decente

Soube da morte de Ana Hatherly (1929-2015) através da edição do PÚBLICO de ontem. 
E foi também por via do vosso jornal que descobri a poeta: há 10 anos o PÚBLICO lançou uma coletânea intitulada Os Poemas da Minha Vida. O 1º volume foi dedicado aos poemas preferidos e selecionados por Mário Soares que perdeu em 2015 não só a sua esposa, mas também uma das poetas (poetisas) de quem escolheu, para esta iniciativa do PÚBLICO, o poema «Esta Gente/Essa Gente»: " O que é preciso é gente /(...) que mostre o dente / (...) Gente que seja decente / (...) Gente com mente (...) e mostre o dente potente ao prepotente/ O que é preciso é gente que atire fora com essa gente".
Escolhi este poema para abrir da melhor maneira o blogue dos leitores-escritores de cartas para os jornais, A VOZ DA GIRAFA, em Janeiro de 2013
Pena que  Ana Hatherly não seja mais conhecida entre nós, que a sua obra não tenha tido a mesma visibilidade que o casamento de Jorge Mendes na Fundação Serralves, não obstante ser considerada, pelo secretário de Estado da Cultura, um dos "grandes vultos da cultura portuguesa", num país sem Ministério da Cultura... Mas até faz sentido...Para quê ter este Ministério se o público que futebol e telenovelas?

2 comentários:

  1. Do filósofo José Gil: "A televisão portuguesa é uma pura miséria, uma máquina de fabricação e sedimentação de iliteracia". Amândio

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  2. Do filósofo José Gil: "A televisão portuguesa é uma pura miséria, uma máquina de fabricação e sedimentação de iliteracia". Amândio

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