quarta-feira, 5 de agosto de 2015

TINÓNÍ DEIXEM PASSAR O INEM




Se a um ilustre cidadão na Manta Rota ou em Boliqueime, individualmente ou ao mesmo tempo, lhe der um entorpecimento pós-prandial causado pela incompatibilidade do borbulhar do champanhe com a digestão difícil da sardinha assada, quanto tempo leva o INEM a chegar, a transportá-lo a ele ou conjuntamente, por helicóptero para Lisboa, já que a urgência do hospital de Faro, está nesta época sem capacidade de prestação de cuidados de saúde de qualidade?

Se a um deslustre cidadão em qualquer outra parte do Algarve, lhe advir a chatice de um achaque cardíaco, no que foi o choque térmico de se pôr demasiado tempo ao sol, como um nababo, e de repente lhe der a decisão de pôr os joanetes de molho, quanto tempo leva a morrer até que chegue o INEM para lhe declarar (não a ele que já está morto, mas a um seu acompanhante que esteja próximo) o óbito?

Esta resposta só a teremos depois das eleições, em Outubro.

Até lá os portugueses gozam as suas merecidas férias, e o INEM, estuda convicta e afincadamente o Plano a aplicar no verão. Não se sabe qual deles, mas se for no hemisfério sul, em que os calores chegam lá para Dezembro, ainda vai a tempo de implementar um Plano de se tirar a cartola.

Ilustres e deslustres terão a tempo e horas o seu desfibrilhadorzinho para não virem a fenecer na areia.


Entretanto, já cá temos todos os Kamov? Era só por perguntar    

2 comentários:

  1. "...até lá os portugueses gozam as suas merecidas férias..." - que exagero. "os portugueses"? quais portugueses e quantos? os que não fazem nenhum e outros que fazem que fazem? Gente de que não se sabe de onde lhes sobra dinheiro para andar a dançar na praia? gente em crise mas de que crise se está a falar? Uma crise de nervos, de preguicite aguda, de subsídio-dependente/beneficiário? gente de luxo e outra de lixo, gente de extremos? Quem trabalha no duro tem tempo e dinheiro para arrastar a família para a areia, de guarda sol, lancheira e tapa vento às costas e dívidas a fazerem sombra que não deixam descansar? Tudo na mala do carro atestado? Oh Luís tu estás a pensar muito em robalos, e no areal só aparecem ossos de galinha e beatas oriundas dos bairros de lata ou periféricos. Diz antes.." de alguns portugueses disponíveis"!

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  2. Publicado hoje, dia 6.08.2015, no jornal Público, o que atesta a qualidade do escrito. Como já vem sendo hábito, subscrito por Luís Pires. Parabéns ao autor.

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