domingo, 19 de junho de 2016

DEUS, O CAPITALISMO E A RENÚNCIA À VIDA

O cristianismo nega a desobediência. Ora, de acordo com Osho, Nietzsche e Zaratustra, a obediência cria escravos e afasta toda a possibilidade de revolta. O Deus da Bíblia receou que, se Adão e Eva e as outras pessoas comessem da árvore da sabedoria e da árvore da vida eterna, se tornassem deuses. Deus quer que os seres humanos se mantenham ignorantes, inconscientes, dependentes, mesmo que o seu potencial seja idêntico ao de Deus. Tanto as religiões como o capitalismo pugnam por um homem afastado da sabedoria e do pleno desfrute da vida. Renúncia aos prazeres, renúncia à própria vida, austeridade, trabalho, disciplina, contenção, castração, tudo isso tem impedido o homem de ser plenamente ele próprio, de alcançar as estrelas. É sempre um prazer a meio gás, um saborear até meio, sem nunca se perder no gozo. Quem não conhece a vida nos seus picos mais altos- "os prazeres que se transformam em alegria, o gozo que se transforma em êxtase"- será sempre um frustrado. Se desfrutares da vida ao máximo não farás mal a ninguém pois, na tua alegria, a ideia de eu e tu desaparece. Daqui acuso todos os inimigos da vida- Deus, as religiões, o capitalismo, o deus-dinheiro- de tudo terem feito para destruir a nossa alegria de viver, a nossa liberdade e os nossos prazeres.

2 comentários:

  1. Excelente texto amigo Pedro! Num contexto muito politicamente correcto e cordato, é bom que o amigo venha aqui de vez em quanto (não aprecio as suas reflexões todas por igual) partir a loiça toda.

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