domingo, 9 de agosto de 2015

BERTRAND RUSSELL

BERTRAND RUSSELL
Da sua luta constante
Devemos-lhe a beleza
De nos mostrar com grandeza
O que é mais importante.

Já quase centenário
Foi até encarcerado
Por se ver preocupado
Com Poder incendiário.

Não se quis hipotecado
Para combater do lado
De quem pela paz anseia;

Mas governantes pequenos
Não o deixaram por menos
Meteram-no na cadeia!
         zzzzzz
Não recusava disputa
Defendendo paz na Terra
Contra fautores de guerra
Não desistindo da luta!

Perdia os seus lugares
Só por ter participado
Como ser preocupado
Contra armas nucleares…

Esteve sempre do lado
Da humana dignidade
Apontando prepotências;

Em tempo de “guerra fria”
Ele nunca desistia
De agitar consciências.
          zzzzzz
E nos Estados Unidos
Viu-se muito maltratado
Por ter ficado do lado
Dos que eram perseguidos.

Foi expulso do ensino
E abandonou o país
Para onde fosse feliz
Cumprindo o seu destino.

Dedicou a sua vida
Numa luta decidida
Contra a barbaridade;

Aristocrata egrégio
Era contra privilégio
De falsa autoridade.

Nota – Com estes versos meio coxos pretendo recordar uma figura de elevada craveira intelectual e moral, Lord Bertrand Russell – 1872-1970 -  filósofo e matemático inglês, de quem não me canso de ler obras como “Pensamento e comunicação”; “Porque não sou cristão”; “A minha concepção do mundo”.
Apesar de se afirmar não cristão, a intensidade da luz que da sua acção irradiava levou o “Osservatore Romano” a deixar esta mensagem, aquando da sua morte: “Quaisquer que sejam as nossas ideias temos o dever de nos inclinar perante o seu devotamento sem reservas à causa da dignidade humana. Lutou contra todas as ideologias que tentam diminuír a liberdade”.

                                           Amândio G. Martins






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