terça-feira, 31 de dezembro de 2019

PORQUE NOS MEUS VÍDEOS PREFIRO AS CANÇÕES ANTIGAS, ENTRE ELAS O FADO


Elas não são para mim apenas poemas e notas sonoras, são pontos de referências que marcaram etapas, boas e más, de minha existência neste nosso planeta azul, esta bola de água que singra o universo.  
Ao ouvi-las, nesta solidão meditativa que a vida me reservou, que tanto bem me traz, recordo os tempos de criança na minha terra natal, onde eu era feliz e sabia. Recordo também os amores que vivi, principalmente aquele um pouco mais do que platônico, nas barrancas do Rio Veríssimo, cuja saudade é a maior entre todas.
Resta-me, portanto, valer das profundas meditações e das poéticas canções antigas para consolar minha alma.


PÚBLICO 30.12.2019 (AKM)

Façam-se mais barragens.


O clima mudou, é  uma constatação permanente,  logo o tempo das chuvas é  radicalmente inconstante,  e pode acontecer em grandes quantidades em determinados momentos,  e depois estar-se em "seca" demasiado tempo.

Em vez de deixarmos escorrer a água para os oceanos, devíamos ter capacidade de a guardar.

Talvez uma opção fosse fazer mais barragens,  que, além de serem reservas constantes de água,  seriam também produtoras de energia eléctrica.

Mas não pode ser. ......

Cria micro-climas. 

Muda a paisagem.....

Augusto Küttner de Magalhães
Porto 

Fogos e "esquizofrenia" social

Há-os para todos os "gostos e feitios". Os que destroem matas, casas, haveres e pessoas, criminosos ou não; os "reais, de que tanto gostam os castrenses belicosos e as polícias tresloucadas ou acossadas; os passionais, metafóricos; os "inconscientes. Ah, e os "de artifício". Todos eles... "burros", nos tempos que correm. Neles há, quase sempre, uma maior ou menor quantidade de loucura, umas vezes desatinada, outras contida pela razão, que é um benéfico contraponto àquela.
Desta vez refiro-me aos primeiros e aos últimos, um de cada. Vi-os e ouvi-os hoje (31/12) no Jornal da Tarde da RTP1. Primeiro o espectáculo feérico do fogo de artifício em Sidney, Austrália, imediatamente seguido duma reportagem pungente da devastação daquele país pelos incêndios, que já mataram gente e destruiram uma área superior à de alguns outros países. Logo a seguir ( para não perdermos o ritmo da insanidade mental...)apareceram as notícias da Ilha da Madeira, onde o Secretário Regional do Turismo diz, ufano, que estão 13 navios-cruzeiro na baía do Funchal.
Portanto os novos "Neros" australianos celebram fogo... com fogo e, quando está provado que os grandes poluidores dos mares são os navios já referidos, a presença de tão grande número daquelas "bisarmas" é motivo de orgulho dum governo! Quem disse que "os povos pátrios" são sempre solidários no seu território? E que a luta para acabar com as agressões ao clima e meio ambiente é para começar "ontem"? Se isto não é "esquizofrenia" ( "mente fendida", à letra), o que é então?

Fernando Cardoso Rodrigues

o Calhordas meia-leca

- na minha reconhecida competência pelo "Calhordas raso", vou propor a sua promoção a "faxineiro de retretes" e/ou em alternativa a "cantineiro" aonde ele à socapa esconde a garrafeira pessoal. Este elemento que não passou sequer para incorporar a "tropa macaca", há de desejar ser um dia a concubina de um qualquer quartel, que o receba de arma feita e em punho, que ele esgaçará do jeito que ele sabe. Por alguma razão ele não passa de básico. Mas a vestimenta vai-lhe assentar como luva camuflada, de maneira a encobrir as manchas cuspidas. Só depois ele será, corneteiro. Ele que sonhou ser montada do 7º de Cavalaria!

Teatro de fantoches...


Em mais um dos frequentes surtos que o definem, o “alferes” pega no básico da messe, analfabeto que terá feito na tropa uma 4ª classe manhosa, e promove-o a oficial; é de crer que, já de seguida, promova também o sargento do aprovisionamento de tretas e os três oficiais de opereta combinem comemorar com uma cabidela na tasca do “Ramirinho”, que fica lá para os lados do líder.

Rapam um tacho de arroz de frango cada um, perdem a conta às canadas de vinho e, já fortemente etilizados, decidem promover-se a coronel, alugar fardas e insígnias para uma foto conjunta, escrever a seis pés um texto destinado a expor aqui, ilustrado com a referida foto que os mostra perfilados em continência diante dos tachos vazios.

O que estas figuras são capazes de fazer para iludir a inutilidade das suas vidas é realmente deprimente; e até podia ser hilariante, não fôra a péssima qualidade dos protagonistas.

Já falta pouco para acabar o ano; por mim, se o que vai entrar não for pior que este que agora finda já me darei por satisfeito, que nesta fase da vida já não se podem fazer grandes planos...


Amândio G. Martins

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

A 2ªparte do monje e do samurai

O conto japonês, não acaba do modo como nos chegou. Quando o monje regressou ao seu "pagode", encontrou pregado na porta, uma espécie de papiro, com a seguinte inscrição a tinta da época -"caga na metáfora que eu cago em ti". O velho monje pensou pensou como só os mestres zen são capazes, e concluiu, que tal blasfémia só podia ter vindo de alguém que não acreditava nem em céu nem em inferno. Seria do samurai, teimoso e "etúpido" a desafiar, agora sem espada nem bainha, que percebeu o conto desenterrado aqui? Investigue-se!

não esquecer Sophia de Mello Breyner Andresen



Assinalar o centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX, que nasceu a 6 de Novembro de 1919, no Porto. As suas origens dinamarquesas são do seu bisavô paterno que se instalou no Porto no século XIX. A infância e juventude de Sophia foram vividas na Quinta do Campo Alegre, adquirida por seu pai (actual Jardim Botânico do Porto) e na Granja, S. Félix da Marinha (V. N. Gaia), onde passava as férias de Verão, nomeadamente na praia.

Foi uma convicta antifascista, denunciando o regime salazarista, apoiou a candidatura de Humberto Delgado, tomou posição contra a guerra colonial e a conivência da Igreja Católica com a ditadura fascista. Fez parte da Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril de 1974, foi deputada na Assembleia Constituinte. Foi uma activista no apoio à independência de Timor. Foi a primeira mulher portuguesa a receber em 1999, o Prémio Camões, o mais importante da literatura de língua portuguesa.

Sophia de Mello Breyner morreu em Lisboa, em 2 de Julho de 2004. No décimo aniversário da sua morte, em 2014, os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.

Para além da sua imensa e diversificada obra poética, de que se pode destacar o Livro Sexto, a que foi atribuído o grande prémio da Sociedade Portuguesa de Autores, em 1966. Também se salienta a sua escrita em prosa, desde a literatura infantil, como A Menina do Mar, O Rapaz de Bronze, O Cavaleiro da Dinamarca, entre outros; passando pelos contos, como Contos Exemplares, Histórias da Terra e do Mar, O Anjo de Timor, dos vários que escreveu; e ainda o teatro, como O Bojador e O Colar; tendo-se igualmente dedicado a ensaios e efectuado a tradução de importantes obras literárias.

Super Mário

Ilustre Mário de Jesus, meu quase companheiro de outras marchas e paradas, mas nos ombros de igual patente. Ambos fomos alferes, e dentro desse posto soubemos ganhar os valores da Honra e da Dignidade. O seu afastamento de dentro deste painel tomado pelos maneirinhos que se parabenizam entre si, num entretenimento que a idade mal justifica, não os absolve dos actos praticados para consigo e para com outros. Nós que lidamos com mais homens que alguns com outros clientes/fregueses, a precisar de diferentes cuidados, soubemos sempre demonstrar-lhes respeito. Eu enquanto ex ranger, aprendi a enfrentar qualquer prepotente, pois o nosso Lema, é mais ou menos -"estar sempre pronto e dar luta à ameaça que se levanta ou nos persegue". A memória já não a reproduz com exactidão, mas o espírito é esse. Nenhum de nós é anónimo, uma vez que tal anonimato é bem identificado nas publicações em que intervimos. Anónimos são os ignorados que se acham ouvidos e achados, mas cuja importância assenta apenas numa linha imaginária de valor zero. Eu reconheço-lhe qualidades difíceis de imitar, pela sua incansável pesquisa de nos informar sobre factos que repousam na História e em algumas memórias privilegiadas. Outros para se tornarem visíveis e presentes, recorrem a obras de autores alheios, mas ocupam desse jeito, espaço aqui neste blog, na tentativa de que a Girafa com o seu pescoço longo, as possa tragar. Eles pensam em nós como analfabetos que querem "educar" e demonstrar-nos, que o que lêem, é ideal para enriquecer o nosso conhecimento. Pedantes, farsantes, e atrevidos é o que são. Nós se estivéssemos no activo, mandava-os rastejar até ao pórtico mais duro de escalar. Quero que saiba, meu companheiro das "letras", que o meu respeito por si, é extensível a toda a sua prol, netos incluídos. A "criançada madura" que aqui se pronuncia, terá na idade certa, ou seja, no tempo adequado, a paga por tanta ousadia aparvalhada. Há de aparecer uma vacina para tal doença. Eu saberei tomar-lhes o pulso, e actuarei em conformidade, sem recurso a qualquer auxiliar. Abraço, saúde, e Feliz Ano Novo 2020;

                                                           
- ...voltei aqui, apenas para lhe dedicar um Poema de Cecília Meireles. O final deste Ano está a pedi-lo. Que ele rode pela vida fora, junto a si. Espero que lhe agrade, como a mim encantou:


CANÇÃO DO CARREIRO
Dia claro,
vento sereno,
roda, meu carro,
que o mundo é pequeno.

Quem veio para esta vida,
tem de ir sempre de aventura:
uma vez para a alegria,
três vezes para a amargura.

Dia claro,
vento marinho,
roda, meu carro,
que é curto o caminho.

Riquezas levo comigo.
Impossível escondê-las:
beijei meu corpo nos rios,
dormi coberto de estrelas.

Dia claro,
vento do monte,
roda, meu carro,
que é perto o horizonte.

Na verdade, o chão tem pedras,
mas o tempo vence tudo.
Com águas e vento quebra-as
em areias de veludo...

Dia claro,
vento parado,
roda, meu carro,
para qualquer lado.

Riquezas comigo levo.
Impossível encobri-las:
troquei conversas com o eco
e amei nuvens intranquilas.

Dia claro,
de onde e de quando?
Roda, meu carro,
pois vamos rodando...




Conhece-te a ti mesmo...


Diz um velho conto japonês que, certo dia, um aguerrido samurai pediu a um mestre de zen  que lhe  explicasse os conceitos de Céu e Inferno. Mas o monge respondeu-lhe desta forma: “Não passas de um etúpido e eu não posso perder tempo com gente assim”!

Ofendido na sua honra, o samurai encheu-se de raiva e, puxando da espada, gritou: “Podia matar-te pela tua impertinência”!  “Isto -  replicou calmamente o monge – é o Inferno”.

Sobressaltado, ao ver a verdade naquilo que o mestre lhe dizia a respeito da fúria que o dominava, o samurai acalmou-se, devolveu a espada à bainha e fez uma vénia, agradecendo ao monge aquela lição. “E isso – disse agora o monge – é o Céu”.


Nota – Em “O crepúsculo dos Deuses”, Nietzsche afirma que: “A função da razão é permitir a expressão de certas paixões a expensas de outras. A moralidade é um conjunto de princípios que restringe as paixões; uma moralidade bem sucedida é a que restringe apenas as paixões estupidificantes, que podem ser fatais, na medida em que arrastam a vítima com o peso da sua estupidez”.


Amândio G. Martins

domingo, 29 de dezembro de 2019

Delação?


Este assunto já deveria estar completamente encerrado e, acreditem, não tenho qualquer vontade em atiçar fogos moribundos. No entanto, passei algum tempo a ponderar sobre uma frase que, nos comentários cruzados, me foi dirigida pelo Fernando Rodrigues e que cito: “...não acha que será "obrigação" sua dizer-nos quem são aqueles que consegue identificar, imaginando que aquele que interveio há dias, poderá sê-lo? E isso não é delação já que o blogue somos todos nós e é de todos nós.”

Não conheço qualquer código de conduta destinado a administradores de blogues e, consequentemente, utilizo o meu próprio. Por outro lado, não estou completamente seguro de que tenha essa “obrigação” mas, por outro lado, reconheço a validade do argumento de que o blogue é de todos. Adicionalmente, quero evitar que alguém pense que eu andei por aqui a lançar “bocas” como se estivesse a atirar barro à parede. 

Não me anima qualquer sentimento “revanchista” contra o “anónimo” concreto e, como é óbvio, não está aqui em causa qualquer julgamento que não seja o do carácter, sem quaisquer outras consequências. Penso ainda que os cidadãos devem habituar-se a levar até às últimas consequências a responsabilidade dos seus actos. Qualquer “anónimo” deve ter a expectativa de, caso seja descoberto, ver a sua identidade divulgada. Ora, atendendo a que o “blogue somos nós e é de todos nós”, e a que, neste lamentável caso, todos fomos prejudicados, não tenho qualquer rebuço em divulgar a identidade em questão. Na realidade, tratou-se do sr. Mário da Silva Jesus.

A finalizar, uma nota de roda-pé: tenho a consciência perfeitamente tranquila em ter tomado a decisão da divulgação, que também não considero delação, como, igualmente teria, caso decidisse em sentido contrário. Mas, assim, os pratos ficam mais limpos.


Estranha impunidade...


Uma notícia que sempre me deixa revoltado são as agressões a médicos e professores, tanto mais quando tudo parece ficar nos mesmos termos em que reagiu aquele presidente de um clube, perante o ataque terrorista que sofreram jogadores e técnicos no seu local de trabalho: “Foi chato”! E ao deixarem soltos os agressores, como diz o Sindicato Independente dos Médicos, perpectua-se o sentimento de impunidade.

E um utente dos serviços de saúde, como os pais de alunos, quando não são mesmo estes, que agridem médicos e professores em consultórios e escolas não são outra coisa que energúmenos, como tal devendo ser tratados; este tipo de notícias são tão frequentes que se compreende que aqueles profissionais andem com medo, e o que revela o JN, que a médica agora agredida teve de receber tratamento hospitalar, porque uma galdéria qualquer não aceitou esperar pela sua vez na urgência do hospital de Setúbal é intolerável!...

Nota - Para ludibriar incautos, especialidade em que é mestre, o mordomo do "Messe" sente-se à vontade para falar de livros, do que os outros lêem e não lêem, que é na sua "biblioteca" que se encontram as obras-primas de tudo quanto há, mas não precisava dar-se ao trabalho; a real qualidade das suas "leituras" fica bem demonstrada, na forma e no fundo, nos inenarráveis monturos que aqui despeja!


Amândio G. Martins

sábado, 28 de dezembro de 2019

Imprecisões

- más leituras dão origem a asneira. Eu nunca sou anónimo naquilo em que participo. Assumo-me como H maior que Homero e não lhe admito superioridade moral em coisa alguma. Assino sempre o que digo e escrevo. A minha formação não abre espaço a trapalhadas infantis. Dos canalhas ridículos já não se pode dizer o mesmo. O meu Caro meteu-se por caminhos ínvios, abraçou membros que o estorvam, agarrou solidariedades que o não dignificam e agora vê-se numa embrulhada da qual não sabe como sair. Se o meu Caro não tem estofo e a qualidade bastante para chegar a conclusões acertadas, o melhor que tem a fazer é manter equidistância com todos os participantes que fazem a equipa que aqui entram a intervir, e deixar de caminhar ao lado da corja-carroceira, que o levam atrelado para a descrença enquanto pessoa que se quer de bem. Não se deite a adivinhar sobre "anónimos", pois são pessoas que o superam a si e aos que lhe prestam vassalagem ou de si esperam protecção e "batatinhas". São Gente soberba, publicada amiúde, que pensa e escreve com o talento que eu invejo porque não os consigo imitar sequer. A escolha cabe-lhe a si fazer e torná-la notícia. Ficava-lhe bem, abrir a porta aos proscritos, e colocar no devido lugar os intrusos pesporrentos que só enlameiam quem está por perto. Está respondido e vai assinado;

Decisões


Não tenho a perspicácia do Sherlock Holmes ou do Maigret. Mas acho, muito sinceramente, que cheguei a uma conclusão relativamente ao autor do comentário anónimo que nos incomodou. A ser verdade que eu acertei, só posso dizer que a personagem me desiludiu muito, apesar de, pessoalmente, perante tal criatura, eu ter tido sempre uma postura bastante defensiva. Contemporizadora.., mas defensiva. Compreensiva, até. Mas adiante.
Antes de anunciar algumas pequenas decisões que tomei (penitencio-me por não as ter tomado antes), não posso deixar de concluir que isto de “anonimices”, normalmente, dá “bota”. Os rabos pretensamente escondidos quase sempre deixam uma ponta de fora. Depois, é só puxar. O ridículo - e rir faz bem à saúde! - é que os objectivos dos “anónimos” acabam sempre por sair frustrados, prejudicando quem querem ajudar. Boa sorte para eles, que não querem dar a cara por nada. 
Quanto às “decisões”, nada de especial: restringi o acesso aos comentários a “não-membros” do blogue e eliminei da listagem de membros, um a um, os 27 Unknown’s que por lá vegetavam e que, de uma maneira ou de outra, já demonstraram não ter vontade nenhuma de colaborar lealmente com A Voz da Girafa. Doravante, só seremos incomodados se for mesmo por experts informáticos.

Nota: não vou divulgar o nome do “tratante” que tentou embustear-nos. Não tenho provas suficientes. Mas os indícios, para mim, são tão claros, com todas as cautelas que coloquei na “investigação”, que muito surpreendido ficaria se me provassem que não tenho razão. Ponto final.  

Pergunta ao sr. Joaquim Moura ( mouraria-mouraria)

Venho perguntar-lhe se o seu texto "Garatujices" (26/12/2019), na Voz da Girafa, se dirigia à minha pessoa? Tenho a certeza que me responderá.

Fernando Cardoso Rodrigues

100 anos da primeira publicação de DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO


Este livro é um pedaço de História, da História tal como eu a vi. Este livro apenas pretende ser uma narrativa pormenorizada da Revolução de Outubro, isto é, dos dias em que os bolchevistas, à frente dos operários e dos soldados da Rússia, tomaram conta do poder do Estado e o depuseram nas mãos dos Sovietes.
Refere-se, principalmente, a Petrogrado, que foi o centro, o próprio coração da insurreição. Mas o leitor deve atentar bem em que tudo quanto se passou em Petrogrado se repetiu em toda a Rússia quase exactamente, com intensidade maior ou menor, e com intervalos mais ou menos longos.

Assim começa John Reed o seu prefácio, na primeira publicação de «Dez dias que abalaram o Mundo», escrito em Nova Iorque, em 1 de Janeiro de 1919. Finalizando o mesmo como segue:

Qualquer que seja a opinião sobre o bolchevismo, é inegável ter sido a Revolução Russa um dos grandes acontecimentos da história da humanidade, e que a subida dos bolchevistas ao Poder constituiu um facto de importância universal. Assim como os historiadores se esforçam em reconstruir, nos mínimos pormenores, a história da Comuna de Paris, desejam também devassar o que sucedeu em Petrogrado em Novembro de 1917, o estado de espírito do povo, a fisionomia dos seus chefes, as suas palavras, os seus actos. Foi com esse pensamento que escrevi este livro.
No decurso da luta, não eram neutras as minhas simpatias. Mas, esboçando a história dessas grandes jornadas, quis considerar os acontecimentos como cronista consciencioso, que se esforça por fixar a verdade.

John Reed nasceu a 22 de Outubro de 1887, em Portland, nos Estados Unidos. Depois dos estudos primários foi para a Universidade de Harvard. Teve uma intensa actividade política e como jornalista. Foi a primeira vez à Rússia em 1915, regressou aos Estados Unidos e depois voltaria à Rússia em 1917, onde acompanharia os acontecimentos da Revolução de Outubro. Morreu com 33 anos, em 17 de Outubro de 1920, vítima dum tifo.

Num texto «John Reed, o jornalista das barricadas», que antecede o prefácio de Reed, o escritor Egon Ervin Kisch, jornalista e escritor checoslovaco e austríaco, que escreveu em alemão, termina o mesmo, assim:

Na Praça Vermelha, em Moscovo, perto da muralha do Kremlin, está enterrado o filho dos burgueses americanos, que tinha o coração revolucionário. Nessa Praça Vermelha, entre as cúpulas, as muralhas e as ameias de aspecto fantástico, descritas magistralmente no seu livro, quando pinta o quadro dos funerais daqueles que morreram pela Revolução, nessa mesma Praça Vermelha, John Reed dorme para sempre.
«Aqui, neste lugar sagrado, o mais sagrado de toda a Rússia, descansam os nossos melhores camaradas» - são palavras de Reed. E ali mesmo foi sepultado. Ao seu lado, está o cadáver do homem que encarnou o seu ideal e foi o seu guia. John Reed não poderia , realmente, ter desejado melhor lugar para o seu túmulo. Está ao lado do sepulcro de Lenine.

Votos de Bom Ano Novo

Acompanho a Voz da Girafa mas não comento pois  nunca consegui aprender a entrar neste blogue e cada vez a idade me trava mais. Agradeço a sua disponibilidade por ir divulgando o pouco que actualmente escrevo para os jornais.
Aproveito para desejar a todos um ANO NOVO DE 2020 cheio de boas surpresas  a realização das suas necessidades e anseios.
Um grande abraço
Maria Clotilde

Totós ignorados

- hoje não me vou pronunciar sobre os "tótós" que não se interrogam sobre quem começou este circo montado na lama. Se como autores de coisa nenhuma já deram provas, então como investigadores de nada, são capazes. Não serviam sequer para participar numa corrida de galos. É que cada qual quer ter o seu quinhão de protagonismo, um maior que o outro. Uniram-se portanto, e de mão dada ripostam, deitando para trás das costas as responsabilidades que não reconhecem ter, e atiram as culpas para os atingidos com as ofensas criadas. Se tivessem jeito para a descoberta da ponta do fio do novelo, perguntavam-se porque razão o "tótó" que não sabe outra, senão criticar as opiniões dos leitores/escritores que aqui se revelam, tomando-se sempre como o "educador da classe" e querendo impor a sua vontade e as suas preferências, sobre este e outro assunto, aquele atleta, o palavroso Presidente, etc, como se ele fosse o que detém a razão e a análise certa sobre o mundo e os homens, que só na sua mente desfocada, mirrada, tem lugar? Perguntavam-se de seguida, qual a razão porque tudo esteve bem e corria sobre rodas até ao momento em que entrou aqui com o consentimento do adesivo, feito manda-chuva deste espaço, o admitido provocador e inquieto corja, que enche de coisa insignificante, julgando-se mestre, e encontrado sabe-se lá em que contentor de fetos por dois sem-abrigo abagaçados, e mais um que lhe deitou a mão num acto pouco cirúrgico, mas acolhedor de treteiros? De onde se conhecem, pois ao que tudo indica revelam-se unha e carne, do mesmo chispe, arreganhando os dentes sem respeito, aos que decentemente vinham desempenhando aqui uma função objectiva, com mais ou menos jeito, talento e criatividade, como era o caso de parceiros neste tipo de intervenção cívica e social? Desde quando é que começou o desvario e a guinada para a ofensa e o alinhamento na indelicadeza por parte dos tótós senis, despejada sobre aqueles "saneados ou convidados"a saltarem fora deste lugar? O que descobrimos neste tempo que decorre desde a fundação deste espaço, o que verificamos, é que tais "educadores da classe", dão pouco de si e recorrem a obra de autores consagrados. Deles retiram um naco e fazem-se presentes postando-os aqui para fazerem brilharete com a obra alheia e com ilustração de capas a embelezar. De pouco mais do que nada são capazes, mas apostam em manifestarem-se autores, exibindo-se como compradores de livros em alfarrabistas, livreiros, feiras, para deles respigarem aquilo que gostariam de escrever, e que julgam que outros deviam ler. Originalidade zero. Agradecemos, mas nós temos a nossa biblioteca, e melhores conselheiros. Sobra, que querem ser doutrinários, mas a máscara deixa-lhes a fronha à mostra, não disfarçando a sua má-educação, que também se confunde com arrogância e vaidade. Mas desse modo caem, não vão a lado algum. Não incomodem os fantasmas que vos consomem!

Criatividade pouco sofisticada...


O engenheiro Licínio Pina, presidente da Caixa Central do Crédito Agrícola, enrola-se todo para justificar publicamente o facto de a instituição pagar à mulher dois mil euros mensais, sem outras funções atribuídas que não sejam promover a estabilidade emocional do marido, afirmando que pôs essa condição para aceitar o espinhoso cargo.

À primeira vista é até comovedor que o gestor de topo de uma instituição bancária diga que precisa da mulher ao lado, que sempre foi ela que o ajudou a vida toda; mas sendo ela prodessora e ele bancário, decerto nunca puderam estar lado a lado no trabalho e ele lá se foi aguentando, tornando até mais romântica a entrada em casa ao fim da tarde.

Diz Licínio Pina, quando já não encontrava saída airosa, que o vencimento da mulher tinha sido concertado com o Conselho Geral de Supervisão, que encontrou forma de subtraír da sua remuneração bruta os tais doi mil euros; e esta história faz-me lembrar aquela cena do padrinho que dava sempre presentes caros ao afilhado, mas pagava-os com o dinheiro do compadre...


Amândio G. Martins

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Também me apetece falar 4

PARTE IV


A PROVOCAÇÃO
Qualquer mortal tem à sua disposição este letal e finíssimo instrumento. Sobretudo quando sentadinho atrás do monitor. Nada satisfaz mais certas mentes do que espicaçar o parceiro, para gáudio de todos os “ouvintes” e do próprio autor da façanha. Não revela nada de bom relativamente à capacidade de auto-controlo e de contenção do autor que, aliás, pode já vir arrastado por uma torrente que vem de trás num ping-pong tão ridículo quanto desnecessário. Não fico admirado quando determinada gentinha entra na dança da provocação. Já o mesmo não acontece quando atinge outros que pensávamos serem capazes de resistir à tentação e, afinal, não são. É claro que, no melhor pano cai a nódoa, mas, francamente, há panos que deviam ter a resistência mínima a esses arroubos e que acabam por se revelarem um fioco qualquer, de origem mais que duvidosa. Em último caso, há um remédio santo para isso: basta fazer ouvidos moucos (não para as invectivas legítimas, como já atrás se disse) e ignorar os desbocados. Garanto que não será por isso que alguém verá os parentes na lama.


A AMEAÇA
Inqualificável. Sobretudo aqui, onde se pretende exercer a inteligência. Livre, superior e responsável. É o grau mais alto da ignomínia. Próprio de quem não sabe (nem quer?) viver em comunidade. Alguém me diz porque não se auto-recolhem essas pessoas a um eremitério? Certamente porque não têm olhos na cara nem na consciência. Ou não terão mesmo consciência? Que se calem de vez é o meu desejo.


OS OUTROS
Ainda há mais, mas falta-me o engenho e a memória (para além da paciência e do tempo) suficientes para chegar a tudo. Mas refiro, talvez repetindo-me, o desejável que seria premiar com o silêncio as alarvidades que inevitavelmente se nos deparam num “sítio” que eu gosto de descrever como totalmente aberto. Tanto que até acolhe a estupidez. Também esta deve ser livre para se exprimir, quanto mais não seja para que tenhamos consciência, em contraponto, do bom e inteligente que a vida tem. Deverá proibir-se a alguém o excelso prazer da estupidez?   
A CENSURA
Para se evitar muito do que atrás condenei, existe um instrumento mais do que eficaz. Exercer a divina figura da censura, tirando o pio aos outros. Pessoalmente, sou contra todo o tipo de censura, como já provei quando alguns, à socapa, fizeram tudo para que eu exercesse esse altíssimo poder. É claro que recusei sempre, e gostaria que os autores dessas tentativas metessem, agora mesmo, a mão na consciência, e, intimamente, reconhecessem o seu erro. Mas não levo a mal que continuem a pensar que estavam certos. O problema é deles. Por mim, repudio o abjecto conceito de censura e, sobre isso, tenho dito.


A RODA-LIVRE
É o que vai acontecer aqui pelo blogue. Comprometo-me solenemente a intervir apenas em ultimíssima instância. Se cada um não exercer o auto-controlo, a auto-censura (essa, sim), isto poderá tornar-se uma selva absoluta que acabará por ser habitada por um único ser vivo, aquele que “darwinamente” sobreviver ao holocausto que as vaidades e as intolerâncias vão de certeza desencadear. Que ninguém se queixe. Isto é como o clima: se não for o próprio homem a adaptar os seus comportamentos ao modo adequado, a Humanidade perecerá por sua própria culpa.  


DESABAFO
Desabafei. Agora, venham os insultos e as mentiras. Ah, e como diria o Paulo de Carvalho, desculpem qualquer coisinha, incluindo a minha falta de paciência, porque pode alguém pensar que eu creio não ter defeitos e só virtudes. Estejam tranquilos que sei bem que não é assim. Mas alguém tem de dizer algumas verdades .Hoje, calhou-me a mim.

Também me apetece falar 3

PARTE III


A CHATEZA
Tem alguma coisa a ver com o ponto anterior, mas vai ainda mais além. Por norma, o chato não se dá conta de que o é, e fica muito aborrecido quando lho dizem. Trata-se de uma espécie de cegueira mental que o ataca tanto como a convicção que tem de que é muito divertido e agrada a toda a gente. Umas boas doses de reflexão (se forem capazes) poderá ajudar à cura de tão tremenda doença. Em casos muito raros, só Deus os poderá ajudar. (Nota: continuo a considerar-me agnóstico, isto não passou de um pequeno exercício de retórica).


A MENTIRA
Já se escreveram volumosos tratados sobre este tema e não me consta que já se domine completamente toda a verdade… da mentira. É o sal na vida de muitas pessoas e, por mais que as religiões a condenem, há sempre súbditos de tal deus. Dá muito jeito a quem não conhece a verdade ou, simplesmente, a quem esta não dá jeito. Isto do dar jeito é bom repetir-se de vez em quando, quanto mais não seja para que algum mentiroso incauto caia em si e, finalmente, constate que não passa de um mentiroso. Mas, no momento, tem de ter um bocadinho de bom-senso e honestidade, o que, em certos casos, é completamente impossível.


O ANONIMATO
Logo no princípio, falei da cobardia. Aquela que o monitor do computador confere ao destemido blogger que sente que vai endireitar o mundo de uma só vez, dizendo as verdades todas e encostando à parede todos quantos não lhe agradam. Resolvendo pôr tudo em pratos limpos, desancam como entendem, sem limites de ordem nenhuma. Pois, havendo “disto”, ainda há quem acumule a tão distinta qualidade a do anonimato. Alguns anónimos, contudo, não são tão anónimos como isso. São conhecidos, mas escondem a identidade. E não é por vergonha. Outros serão, eventualmente, mercenários a soldo da “causa”, remunerados ou não. O mais estranho nisto do anonimato é que as suas intervenções, teoricamente, deverão passar pelo “crivo” da administração do blogue. Ora, algumas entram directamente, o que me deixa espantado. Só me resta endereçar a esses “penetras” com êxito os meus mais sinceros parabéns pela astúcia e pelo domínio das necessárias técnicas informáticas. Começo a pensar em, no futuro, não permitir qualquer intervenção anónima (excepto aquelas que conseguirem iludir o controlo que, parece, não é tão forte como isso). Quem desejar, de facto e de boa-fé, intervir n’A Voz da Girafa, pode fazê-lo de forma límpida e leal se seguir o caminho indicado na abertura do blogue. Se o intuito for inconfessável, então que faça como entender.

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PARTE II


OS INTOCÁVEIS
Quais vidrinhos de cheiro, ninguém lhes pode tocar. Quebram-se ao mais pequeno toque, pensam-se acima da turba, o que não é tão mau como isso. Pior é sentirem-se incomodadíssimos se alguém diz que a obra-prima que eles pensam ter feito não passa de um reles contributo para aumentar ainda mais a estupidez global. A crítica, quando lhes é aplicada de forma negativa, não devia existir, e é, para eles, invenção do demónio, aproveitada pelos malfeitores à solta, que preferem dizer o que sentem a contemporizar com a mediocridade.


A SURDEZ
Esta casta de gente prima por acarretar consigo um defeito terrível com que a mãe natureza os dotou: a surdez. Em contrapartida, a mesmíssima mãe também os dotou de uma habilidade extrema para se deslocarem em tão sinuosos quanto ardilosos movimentos nos labirintos mentais que foram construindo ao longo da vida. Essa habilidade, a que alguns chamam esperteza, as mais das vezes saloia, permite-lhes que só oiçam o que lhes convém. Por isso, quando directamente invectivados a responder a perguntas concretas, fazem-se desentendidos, arrastam o pé no chão, apontam para o céu, e respondem com outra coisa qualquer, na convicção de que o perguntador se distraia com a ausência de silêncio que provocaram. A este propósito, ocorre-me referir que ainda estou à espera de respostas que neste mesmo blogue fiz. E os inquiridos nem tugem nem mugem.


A CRÍTICA
Já me referi a este tópico, mas ainda me faltam dizer umas pequenas considerações. Os criticados, quando se diz mal das suas obras, reagem de duas formas: se são honestos e inteligentes, agarram a oportunidade para verificarem se, na próxima, conseguem fazer melhor; se são vaidosos e emproados, acham que o crítico não percebe nada do assunto e, ainda por cima, está carregadinho de má-fé. Estes nunca percebem a sua mediocridade.


O ESQUECIMENTO
Acompanha, normalmente, a dissimulação e a surdez. Quando a conversa não interessa, atiram para canto e rapidamente se esquecem do dever. O meu arquivo não é grande coisa, mas posso coligir, com alguma facilidade, diversas afirmações escritas por certos “esquecidos” que talvez os faça abrir a boca de espanto. Aviso já, contudo, que não estou disposto a perder tempo a organizar essas colecções, nem que seja a pedido das melhores famílias. Cada qual que se deixe de preguiças e faça os seus testes de coerência.      


AS MANIAS
Há quem se divirta, possivelmente na procura do orgasmo final, com o cultivo de manias. Em extremo, poderão chegar a elaboradíssimas teorias da conspiração. Pois que lhes façam bom proveito, mas, se for possível, não chaguem a paciência dos outros. Eu bem sei que uma mentira muitas vezes repetida pode dar uma verdade inatacável (para eles). Mas, francamente, a quem não anda neste mundo só para chatear os outros, por favor, dêem tréguas. Digam as coisas, pois claro, mas repetirem-se ad infinitum não vos fica nada bem, e não abona muito ao julgamento que os outros fazem das vossas inteligências.

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NOTA: DADA A SUA EXTENSÃO, ESTE POST É PUBLICADO EM 4 PARTES


PARTE I


Conseguem imaginar o sentimento de um mestre-escola, diante de uma turma de rapazelhos indisciplinados, que não se calam à ordem do professor, que não param de evidenciar a sua “superioridade”, quantas vezes imaginária, com o único argumento de que os colegas são uns ranhosos insuportáveis? 
Não sou professor (já fui), mas consigo colocar-me na sua pele para imaginar esse sentimento.
Que fazer?
O mais fácil - e apetecível - é correr a gangada à bofetada, expulsar uns da sala e castigar os outros, pondo-os contra a esquina das paredes no canto, com as orelhas de burro devidamente enfiadas pela cabeçorra abaixo. 
Também não difícil é abandonar a sala, bater ruidosamente com a porta, e mandá-los a todos ir para sítios menos agradáveis.
Pois bem: aqui na Girafa, não vou adoptar nenhuma daquelas posições mais apetecíveis. Fico. E sem colocar qualquer condição, confortado que estou com a possibilidade de, para bater com a porta, me bastar querê-lo.
Primeira constatação: se alguém aqui quis dar-me cabo do juízo a ponto de me ver pelas costas, fica já avisado de que ainda não o conseguiu.
É, portanto, a minha vez de chatear toda a gente. A eito. E quem não gostar, dispõe também da possibilidade de bater com a porta. Tanto quanto me aconteceria a mim, ninguém vai ser chorado com desgosto durante muito tempo, que os “cemitérios” estão cheios de insubstituíveis.
Ora, então, vamos lá à função: desancar, a torto e a direito. A minha vontade é tanta que me dá medo arrancar para a faina de uma só vez. Em tempos de bolo-rei, o melhor será fatiar isto tudo e comer aos poucos, às talhadas. A ordem de consumo é arbitrária.


A COBARDIA
Isto de escrever refastelado atrás de um écran qualquer, retirando-se o espaço vital de centímetros ou metros, é, muitas vezes, mau conselho. Promove a cobardiazinha que permite exprimir maus pensamentos e sentimentos, até ofensivos, sem a possibilidade de arrostar com a reprovação de olhos presentes. Foi pena ter-se acabado com a “comunicação” que, antes dos blogues e das redes sociais, se fazia nas paredes dos sanitários públicos. Mas o cheiro é o mesmo.


A VITIMIZAÇÃO
Muitos dos “corajosos” de sanitário acumulam a virtude de, por tudo e por nada, se sentirem injustiçados. Alguns só porque, debaixo dos seus profundos pensamentos vertidos na parede do lado da sanita, os mandaram a “outro sítio”, onde, aliás, eles já se encontram. Só que, distraídos, não repararam convenientemente no chão que pisam. 


 A DISSIMULAÇÃO
Com frequência, os mesmos, sempre eles, armam-se em parvos, atiram pedras, escondendo a mão, e afivelam no rosto a máscara de inocência. Alva e pura, mas, obviamente, produto da dissimulação, arte em que são mestres. 

Do insulto ao "gangsterismo", passando pela mentira

Primeio vieram os insultos desbragados, depois as mentiras acusatórias e patéticas, até pelo "nonsense". Pelo meio - a "estruturar" tudo isso - ora a falta de qualidade pessoal, ora a perversidade, com uma "pitada" de "ortodoxia" pouco esclarecida. Dependia do emissor. Os "apoios" de uns para os outros, esses, curiosamente.... nunca surgiram vindos do perverso pois só esse aproveita os laudos que os outros lhe prestam. Mas agora a coisa entrou noutro patamar! Já existe um anónimo a "ajudar"  e todos sabemos o que significa  e esconde o anonimato, por muito que eu suspeite  que este é mais um heterónimo que muda de face consoante a fraqueza intectual lhe vai minguando. E pior, já há ameaças de "gangster" e quase de psicopata que nunca julguei possíveis. Bastará?...

Fernando Cardoso Rodrigues

Gaba-te cestas...

- o asqueroso falou e disse e ajuizou em causa própria. Tudo para não ser esquecido e manter-se notícia

Cristiano: “Soy el número uno. No tengo defectos”

  • El delantero portugués de la Juventus aseguró que actualmente se considera el mejor futbolista del mundo
  • O contraste:
  • a Alegria do Melhor do Universo