Teatro de fantoches...
Em mais um dos frequentes surtos que o definem, o “alferes” pega no básico da messe, analfabeto que terá feito na
tropa uma 4ª classe manhosa, e promove-o a oficial; é de crer que, já de
seguida, promova também o sargento do aprovisionamento de tretas e os três oficiais de opereta combinem comemorar com uma cabidela na tasca do “Ramirinho”, que
fica lá para os lados do líder.
Rapam um tacho de arroz de frango cada um, perdem a conta às
canadas de vinho e, já fortemente etilizados, decidem promover-se a coronel,
alugar fardas e insígnias para uma foto conjunta, escrever a seis pés um texto
destinado a expor aqui, ilustrado com a referida foto que os mostra perfilados
em continência diante dos tachos vazios.
O que estas figuras são capazes de fazer para iludir a
inutilidade das suas vidas é realmente deprimente; e até podia ser
hilariante, não fôra a péssima qualidade dos protagonistas.
Já falta pouco para acabar o ano; por mim, se o que vai
entrar não for pior que este que agora finda já me darei por satisfeito, que
nesta fase da vida já não se podem fazer grandes planos...
Amândio G. Martins
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