Um que não cultiva o “armanço”
“Um dia, devia ter os meus dezasseis anos, aproveitei quando
não estava ninguém em casa, plantei-me todo despido diante de um grande espelho
que havia num dos quartos e examinei o meu corpo da cabeça aos pés. Ao mesmo
tempo, atrevi-me a fazer mentalmente a lista de todos os meus pontos fracos ou,
pelo menos, aquilo que aos meus olhos se revelavam fraquezas.
Se bem me lembro, ao somar vinte e sete pontos, achei que já
tinha a minha conta e desisti. E lembro-me de pensar o seguinte: se descubro
tantas partes visíveis do meu corpo que me parecem, à vista desarmada,
inferiores às de um indivíduo normal, então quando chegar à altura de
considerar outros aspectos, como a personalidade e as capacidades intelectuais,
a lista arrisca-se a não ter fim”.
Nota – transcrito do livro anexo por Amândio G. Martins
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