Assinalar o centenário
de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes poetisas
portuguesas do século XX, que nasceu a 6 de Novembro de 1919, no Porto. As suas
origens dinamarquesas são do seu bisavô paterno que se instalou no Porto no
século XIX. A infância e juventude de Sophia foram vividas na Quinta do Campo
Alegre, adquirida por seu pai (actual Jardim Botânico do Porto) e na Granja, S.
Félix da Marinha (V. N. Gaia), onde passava as férias de Verão, nomeadamente na
praia.
Foi uma convicta
antifascista, denunciando o regime salazarista, apoiou a candidatura de
Humberto Delgado, tomou posição contra a guerra colonial e a conivência da
Igreja Católica com a ditadura fascista. Fez parte da Comissão Nacional de
Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril de 1974, foi deputada na
Assembleia Constituinte. Foi uma activista no apoio à independência de Timor.
Foi a primeira mulher portuguesa a receber em 1999, o Prémio Camões, o mais
importante da literatura de língua portuguesa.
Sophia de Mello Breyner
morreu em Lisboa, em 2 de Julho de 2004. No décimo aniversário da sua morte, em
2014, os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.
Para além da sua imensa
e diversificada obra poética, de que se pode destacar o Livro Sexto, a que foi atribuído
o grande prémio da Sociedade Portuguesa de Autores, em 1966. Também se salienta
a sua escrita em prosa, desde a literatura infantil, como A Menina do Mar, O
Rapaz de Bronze, O Cavaleiro da Dinamarca, entre outros; passando pelos contos,
como Contos Exemplares, Histórias da Terra e do Mar, O Anjo de Timor, dos
vários que escreveu; e ainda o teatro, como O Bojador e O Colar; tendo-se
igualmente dedicado a ensaios e efectuado a tradução de importantes obras
literárias.
Totalmente de acordo.
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