segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

não esquecer Sophia de Mello Breyner Andresen



Assinalar o centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX, que nasceu a 6 de Novembro de 1919, no Porto. As suas origens dinamarquesas são do seu bisavô paterno que se instalou no Porto no século XIX. A infância e juventude de Sophia foram vividas na Quinta do Campo Alegre, adquirida por seu pai (actual Jardim Botânico do Porto) e na Granja, S. Félix da Marinha (V. N. Gaia), onde passava as férias de Verão, nomeadamente na praia.

Foi uma convicta antifascista, denunciando o regime salazarista, apoiou a candidatura de Humberto Delgado, tomou posição contra a guerra colonial e a conivência da Igreja Católica com a ditadura fascista. Fez parte da Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril de 1974, foi deputada na Assembleia Constituinte. Foi uma activista no apoio à independência de Timor. Foi a primeira mulher portuguesa a receber em 1999, o Prémio Camões, o mais importante da literatura de língua portuguesa.

Sophia de Mello Breyner morreu em Lisboa, em 2 de Julho de 2004. No décimo aniversário da sua morte, em 2014, os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.

Para além da sua imensa e diversificada obra poética, de que se pode destacar o Livro Sexto, a que foi atribuído o grande prémio da Sociedade Portuguesa de Autores, em 1966. Também se salienta a sua escrita em prosa, desde a literatura infantil, como A Menina do Mar, O Rapaz de Bronze, O Cavaleiro da Dinamarca, entre outros; passando pelos contos, como Contos Exemplares, Histórias da Terra e do Mar, O Anjo de Timor, dos vários que escreveu; e ainda o teatro, como O Bojador e O Colar; tendo-se igualmente dedicado a ensaios e efectuado a tradução de importantes obras literárias.

1 comentário:

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