sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Um Conto de Natal

- Jesus Cristo, filho de "Maria surpreendida, e de José distraído", nasceu com muita sorte, sem precisar de ambiente de luxo. Umas palhas e dois bovinos a bafejar, uma candeia acesa a iluminar sob um luar a partir do céu estrelado. Numa família que nunca reivindicou coisa alguma. Nem casa, nem transporte à porta e a horas, e nenhum subsídio. Um burro bastou para se por ao fresco, a tempo de encontrar poiso. Jesus foi bafejado por sopro divino, pois sabe-se hoje, de que não precisou de acompanhamento durante a gravidez da sua mãe, de obstetra nem ginecologista, para nascer perfeitinho, sem mazelas. Teve a Graça de Deus pela forma de ser concebido e de ter pernoitado, não numa Unidade de Saúde de ponta, polémicas, como as que nos recebem hoje, cuidam e apoiam, mas numa manjedoura. Não se lhe reconhece ou identifica qualquer defeito, excepto o de ser demasiado inteligente, ao ponto de pertencer ao Criador, deste Mundo crucificado em problemas, e muita dor, mas sem soluções. Mundo que é capaz de aceitar no seu seio ao mesmo tempo, um amigo fiel e solidário, e o pior dos pecadores corruptos, criminosos, assassinos, e bandalhos da mais reles espécie. Quase todos, estes, bem sucedidos na alta finança, na política, nas manobras empresariais e na Banca sugadora. Outros abraçam com "sofrimento" a luta autárquica e ainda sem Regionalização aprovada ao seu paladar. Ou seja com a injecção de dinheiro bastante, que lhes sirva para fazer de conta que vão fazer progredir o povo da sua aldeia e o país do povo que mais ordena, a par dos empreiteiros com obras em curso sem concurso público, e luvas à mistura. Jesus Cristo cresceu já, num ambiente de fragilizada paz e de ambição pelo poder. Ainda, numa região que permanece desde então em conflito e onde a morte foi sempre sua companheira, e por ela foi agarrado. O ambiente desde então não melhorou, e parece-nos até ter-se agravado à medida que se estendia pelos continentes, feitos de terra, de ouro, de mar e de petróleo. Porém, não temos o condão de adivinhar, se Ele, irá receber os actuais mandantes dos destinos do Mundo, que lá chegarão por meio das novas tecnologias, assim que saibam da gruta ecológica e humilde de onde partirá, para se fazer Homem e Doutrinário, na tentativa de tirar todos os tais pecados que enxameiam as nossas vidas, e se de tais oportunistas, Ele aceitará receber as prendas que se prontificarão a Lhe entregar, para Dele receber favores em troca. Hábitos antigos como se verifica. A notícia há de chegar através de um arcanjo, se tal acontecer!*

-*(DN.mdrª-13.12)

                                                       

1 comentário:

  1. Melhor Conto de Natal, para espelhar o que actualmente se verifica e pior se acentua, seria impossível, pese embora por estas paragens haja alguém,que com ele e consigo - 'pena fiel' - comungue tais veros pensamentos.

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