sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

QUASE NATAL


Mais uma vez o Natal está à porta e a correria para as compras desta quadra assalta-nos fortemente, mesmo que os apelos que ultimamente têm sido difundidos para termos um melhor comportamento quanto ao consumismo, nos tenha tocado. Muitos de nós tentamos reduzir as listas de prendas focando-nos principalmente nas crianças e jovens e reservando para mais os mais velhos uma palavra amiga. Temos bem presente que também os ordenados e pensões continuam praticamente sem aumentos e que os artigos cada vez estão mais caros e por isso temos de nos conter.
Quando entramos numa grande superfície ficamos esmagados pela profusão dos artigos do mesmo produto mas de marcas e preços diferentes. Porquê? Porque há bombons de pelo menos dez marcas diferentes, com nomes quase iguais, separados em embalagens e pesos vários… e quem diz bombons pode encontrar a mesma diversidade em frutas que são importadas do fim do mundo e até em roupas e acessórios. Porque não apostar mais nos nossos produtos?
Por um lado é o mundo do consumo que, entretanto, está a tentar ser contido pelas preocupações  dos que entendem que “não há planeta B” e que rapidamente temos de mudar o nosso comportamento.
Natal é para muitas instituições tempo de caridade tentando (?) resolver as fragilidades de muitas famílias com um cabaz bem recheado e lá vêm os peditórios e depois as informações sobre a generosidade dos portugueses. Não devemos ser completamente contra este tipo de “ajudas” mas há muito mais a fazer para que as famílias todas tenham acesso às compras que pretendem fazer e escolham o seu sustento. Por exemplo: possibilitar que todos tenham emprego com uma correcta remuneração, horários humanos acabando com a exploração baseada em exíguos quadros de pessoal obrigando a prolongamentos sistemáticos das horas de trabalho. Isto tanto no privado como no público.
Parece que na área da saúde há faíscas de raios de Sol a dar-nos esperança que o grande descalabro que está acontecer vai ser não só travado como novos caminhos surgirão. E as escolas? Para quando os responsáveis corrigem a falta de pessoal  não docente, a contagem de tempo de serviço  dos docentes e o amianto nos edifícios? E tantas coisas mais  que urge corrigir, ouvir os trabalhadores e seguir novos rumos por um país mais feliz.
NATAL continua a ser tempos de Esperança e todos, mesmo os que não acreditam em milagres, temos de nos unir para que os RESPONSAVEIS cumpram boas regras, promulguem leis que tornem Portugal um verdadeiro Paraíso. Não desistir de lutar são OS MEUS VOTOS DE BOAS FESTAS.

Maria Clotilde Moreira

Jornal Costa do Sol - 18.12.2019

3 comentários:

  1. Muito interessante este blogue pela diversidade temática. Volterei.

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    1. Volte e será bem-vindo. E se quiser participar como autor credenciado, pode contactar-me para o endereço que surge no cabeçalho.

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  2. Agradeço e retribuo os votos de Boas Festas.

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