Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
O HOMEM ESTÁ A SER ASSASSINADO!
O homem está a ser assassinado. Está a ser castrado pela finança, pelo mercado, pelos políticos ao seu serviço. É obrigado a lutar na arena, a disputar uma corrida, uma guerra com os seus semelhantes em busca do dinheiro, do cargo, do estatuto. As pessoas atropelam-se umas às outras sob a lei do dinheiro e do mercado. Aparentemente existe uma certa paz, uma certa harmonia mas, ao fim e ao cabo, reinam o caos e a barbárie. O homem é reduzido a um número, a uma coisa, a uma mercadoria. As relações humanas são cada vez mais superficiais e mecânicas. Estamos cada vez mais sós e deprimidos. A sociedade capitalista só traz infelicidade. É a lei do mais forte, do mais matreiro, do mais sacana. As próprias relações de amor e de amizade são postas em causa. É a esquizofrenia global. Os donos das grandes multinacionais, dos bancos, das bolsas, dos impérios, dos grandes media controlam-nos e lavam-nos o cérebro. Os senhores do dinheiro nadam em milhões e exploram, enquanto outros contam os trocos e outros "vivem" na miséria. Não é justo. Não é humano. Não é digno. Não pode haver seres humanos de primeira e de segunda. Trabalha-se mais horas em vez de menos. Há menos tempo para o encontro, para o ser humano dispor de si, para a alegria. O lazer é cada vez mais consumismo. Os jovens estão confusos, não sabem a que valores se agarrar, são empurrados para o safanço, para o sucesso a qualquer preço. A televisão atira-nos pimbalhadas, programas da tarde sentimalóides e imbecis e matraquei-os com notícias que nos fazem a cabeça. É o Big Brother de Orwell. Sim, podemos deslocar-nos, vir até ao café, ler, conversar, mas há sempre algo que nos condiciona. Sejam as directivas de Bruxelas ou o imperialismo, sejam os humores dos mercados e da corja financeira, seja esta maldita máquina, a que só alguns escapam, que reprime os nossos impulsos, a nossa liberdade, a nossa vida. Revoltemo-nos, pois.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.