quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Que troca, que país, que Futuro?


- Responda quem souber, ou quem tem estudos recolhidos e pesquisas feitas para contrariar esta dinâmica que se sente estar a acontecer neste país de contrários. Portugal "exporta" mão de obra qualificada há já algum tempo, desde licenciados de gabarito em quase todas as áreas da Produção e da Ciência. Trabalhadores sempre de partida em busca de maior qualidade de vida e futuro garantido, e o que recebe em troca, senão imigrantes e migrantes de baixa condição, mal formados, precários e enrascados na sua origem, que aqui ganham direito a subsídio e psicólogo mal chegam, apoios vários que são negados ou não dispensados aos seus naturais já desde os avós? Imigrantes ao abrigo das melhores atenções de humanismo leviano e imposto por convenções com interesses suspeitos, que entram com direitos e vantagens que lhes permitem andarem por aí na boa, enquanto os nossos pais, irmãos e filhos se "desfazem" da família para países vários em busca de pão com que a possam alimentar em situação desigual. E o que vai acontecer ao país dentro de algum tempo, com tal mão de obra deformada mas "habilidosa", que chega a este cais da sua esperança legítima, se eles não trazem maior conhecimento que compense aquele que os nossos concidadãos levam na mala quando partem deste torrão mal agradecido? Teremos um país melhor ou pior com tal troca de gente? Os médicos, enfermeiros, doutorados, licenciados, técnicos, cientistas operários, gente das Artes e das Letras, que se tornam notáveis lá fora e que bem podiam fazer este país ser melhor para todos, dar melhor assistência, vão daqui embora e muitos sem projecto de regresso, estão a ser rendidos pela mediocridade estrangeira que farão com que este país se faça mais enfraquecido. E já não falta muito para que essa situação se faça sentir na construção, nas unidades hospitalares, nos serviços hoteleiros e comércio, nos transportes, nas redacções, até em serviços de comunicação e na burla. Portugal é aquele país rasca e do facilitismo, aonde é permitido o encaixe rápido de  quem não acrescenta mais valia e por tal será penalizado futuramente. Um país que se abre assim, que se prostitui, sem medir as consequências do desastre em movimento, quando olhar pelo retrovisor da geringonça que comanda o nosso futuro colectivo, será somente mais à frente um país pior e mais medíocre, de onde apenas se salvaram os nacionais que partiram, levando no cérebro e na mala, as suas melhores capacidades e valores, que cá nunca foram reconhecidas, valorizadas e apoiadas. Mais uma vez perdemos nas trocas consentidas. É a nossa sina desde que erguemos a demagogia, a treta e a falsidade, mas que a muitos satisfaz e se deleitam até, julgando-se tão sensíveis e compreensivos. É de português!*

-*(in SÁBADO e DN.mrª-24-12)
-*(DNnot.24-12)

                                                                 

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