quarta-feira, 18 de dezembro de 2019


Tanta futilidade...


Há imensas revistas que fazem negócio com isso, é a sua razão de existir, e até jornais “sérios” lhes dedicam páginas inteiras com banalidades da vida privada das ditas figuras públicas, do espectáculo e até da informação que, como diariamente se verifica, é ela própria também um espectáculo, a maior parte das vezes bem deprimente.

E quando se trata de gravidez, a “estrelinha” começa por dá-la a conhecer, seguindo-se as fotos da barriga, ainda que mal se perceba; depois passa o tempo todo a exibí-la até ao dia em que a criança nasce, ficando esta desde logo “figura pública” também, e nunca irei perceber as vantagens de toda esta exposição, que até gera ciumes, como revelam as palavras de uma dessas “vedetas” grávidas.

“Exigem mais de mim do que de outras grávidas. Se eu tivesse a infelicidade de ter um bebé antes do tempo ou prematuro, a atenção iria recaír sobre mim. Provoca-me até ansiedade” – queixa-se uma dessas meninas.  Confesso que não percebi patavina destas palavras, atribuídas a uma tal Carolina Patrocínio e publicadas em letras gordas no JN...


Amândio G. Martins

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