domingo, 15 de dezembro de 2019

Entre o "pode-se" e o "deve-se"

Não quero misturar "alhos e bugalhos" e vou tentar ater-me ao que aqui me trouxe. E que é o recente "despacho" governamental que permite, legalmente, a informação de dados clínicos dos menores de idade ao ministério da Justiça, caso este os solicite aos hospitais. Isto apesar do parecer negativo da Comissão Nacional de Protecção de Dados, que o governo ignorou. E lembremos que a maioridade só se atinge aos 18 anos, o que não é nada despiciendo. Afora casos específicos, também eles vertidos na lei e, como é óbvio, com a ética por trás. E é precismente por isso que que a criança não é uma "coisa pequenina" sobre a qual se podem fazer todo o tipo de tropelias, mesmo as " mais bem intencionadas", como aduzirão os fautores desta referida lei, a quem falta "ler mais".
Agora vêm alguns "bugalhos". Se assim não fosse a chamada "cooperação premiada", vulgo delação, seria, sem delongas, aprovada pois da sua eficácia não haverá muitas dúvidas. Ou, mais delida ou circunstancialmente, o apoio às palavras com que Ferro Rodrigues admoestou André Ventura na AR, só mereceriam encómios. Só que, no último caso, será de melhor política não chamar aquele deputado do "Chega" aquilo que também eu ( se não estivesse aqui no blogue...) lhe chamaria: que  é parvo, troca- tintas e fascista...

Fernando Cardoso Rodrigues
 

9 comentários:

  1. E é bem claro que esse Ventura irá provocar muitos incidentes desse tipo para se manter na agenda mediática, cascas de banana para as quais homens experientes, como Ferro Rodrigues, deveriam estar prevenidos...

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  2. Entre o Ventura e o Ferro, o diabo que escolha.

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    1. A sério, José Valdigem?! Comparar um homem/deputado de extrema direita e com um currículo de troca tintas vergonhoso, com um democrata/presidente da AR que foi inábil politicamente no que disse ao primeiro, parece-me pura estultícia!

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    2. A sério. Este presidente da AR, é o gajo que acha normal os deputados receberem ajudas por viverem em "Cascos-de-Rolha", quando na realidade vivem em Cas... (Cascais).
      Desta espécie de "socialistas", estou farto.

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    3. Tenho a certeza de que o Valdigem não ponderou bem o que escreveu. Já todos lhe conhecemos a "irritação" (desilusão?) que alguns de quem ele esperava mais lhe provocam com certas atitudes. Ferro, já aqui o escrevi, é, para mim, um homem probo. Isento de erros, alguns deles com alguma gravidade? Certamente que não. Este que agora cometeu acaba por ser dos piores, mas deve-se, penso eu, a alguma emotividade que o "ilustre" deputado, muito "venturoso", é habilíssimo em acicatar. Pena foi que a paciência de Ferro tivesse estalado, não lhe permitindo evidenciar a esmagadora superioridade que, em todos os campos, possui sobre tão hedionda personagem que de estúpido não tem nada. Mesmo sendo Ferro, o homem não é de ferro e, infelizmente, pode escorregar. Tentemos todos não perder as estribeiras porque é destas "pequenas" confusões que o populismo se alimenta.

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    4. Se ao José Valdigem tanto lhe vale um deputado que diz uma "bacorada", verberável como é óbvio, como um protofascista, bom... que posso dizer mais? O resto já o disse o José Rodrigues num comentário acima. Que fez muito bem em colocar umas aspas em "pequenas"...

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    5. A minha irritação justifica-se: é publicamente conhecida a quantidade obscena de previlégios dos deputados da Assembleia da República. A juntar a isto, há ainda os abusos. Ferro Rodrigues já vai no segundo mandato como Presidente. Até agora o que fez para moralizar "aquilo"? Que se saiba, nada, zero, zero, zero, vírgula zero.
      O populismo alimenta-se de tipos como Ferro Rodrigues. Se me responderem que já lá estiveram outros/outras, como a deslumbrada da Assunção Esteves, e o resultado foi igual, digo-lhes que essa não me desiludiu. Mas este Ferro, sim. Sou muito mais exigente com os "meus". São esses que com atitudes destas, pôem em causa as minhas convicções.

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    6. O senhor está mesmo irritado... mas se o que diz neste seu último comentário corresponde ao que pensa - e não tenho porque o pôr em dúvida - já não sei que lhe diga, racionalmente. Talvez, somente, que a Assembleia da República não é para moralizar nada nem ninguém e o seu presidente também não. O senhor talvez gostasse que fosse de outra maneira, mas é assim numa democracia.

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  3. Um "Ventura" espanhol, do Vox, chamou "coelhos" aos filhos de mães solteiras, quando na autarquia onde é vereador se discutia o tema da natalidade, que em Espanha também preocupa muito, dizendo que só interessa ao país ajudar as famílias tradicionais, nenhuma ajuda para as crianças de famílias monoparentais, que não são mais que coelhos! E esta gente abusa de provocar incidentes que escandalizam, nada preocupada que isso lhes tire votos, porque as últimas eleiçoes lhes terão " demonstrado" que estão no caminho certo...

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