domingo, 22 de dezembro de 2019


Até os “evangélicos” já o repelem...


Num país como os Estados Unidos, onde a corrente “evangélica” do cristianismo ultrapassa os limites da decência na sua intromissão na política, quando se trata de apoiar um candidato retrógado e xenófobo, manipulando da forma mais grotesca  a consciência de milhões de crentes, com os famosos “televangelistas” a dedicarem desbragadamente largas horas de tempo de antena a defender políticos cujo passado e propostas não dão garantias mínimas de comportamento aceitável, é normal pregarem,  se o conseguem eleger, que é um presidente escolhido e amparado por Deus.

E é por isso que  penso ser digno de relevo o que sobre Trump escreveu agora a revista evangélica “Christianity Today”, defendendo a destituição deste presidente, num insuspeito testemunho de quanto a criatura é indigna de tão alto cargo; enfurecido com o que dele foi escrito, Trump não encontrou nada melhor na sua dialética do que acusar a publicação de ser de “extrema-esquerda”, arengando que nenhum outro presidente fez tanto pela comunidade evangélica.

Secundando acusações do Congresso contra Trump, que o homem tentou usar o seu poder político para forçar um líder estrangeiro a perseguir e desacreditar um adversário, num acto que não é apenas uma violação da Constituição, mas também profundamente imoral, a revista acusa-o de, com a sua série habitual de mentiras e calúnias, ser um exemplo de um ser humano moralmente confuso e perdido.


Amândio G. Martins



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