Até os “evangélicos” já o repelem...
Num país como os Estados Unidos, onde a corrente “evangélica”
do cristianismo ultrapassa os limites da decência na sua intromissão na política,
quando se trata de apoiar um candidato retrógado e xenófobo, manipulando da forma
mais grotesca a consciência de milhões
de crentes, com os famosos “televangelistas” a dedicarem desbragadamente largas
horas de tempo de antena a defender políticos cujo passado e propostas não dão
garantias mínimas de comportamento aceitável, é normal pregarem, se o conseguem eleger, que é um presidente
escolhido e amparado por Deus.
E é por isso que penso ser digno de relevo o que sobre Trump
escreveu agora a revista evangélica “Christianity Today”, defendendo a
destituição deste presidente, num insuspeito testemunho de quanto a criatura é
indigna de tão alto cargo; enfurecido com o que dele foi escrito, Trump não
encontrou nada melhor na sua dialética do que acusar a publicação de ser de “extrema-esquerda”,
arengando que nenhum outro presidente fez tanto pela comunidade evangélica.
Secundando acusações do Congresso contra Trump, que o homem
tentou usar o seu poder político para forçar um líder estrangeiro a perseguir e
desacreditar um adversário, num acto que não é apenas uma violação da
Constituição, mas também profundamente imoral, a revista acusa-o de, com a sua
série habitual de mentiras e calúnias, ser um exemplo de um ser humano
moralmente confuso e perdido.
Amândio G. Martins
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