O "Garatujas"

- o gajo continua a vasculhar na lixeira da sua cabeça, assunto que o ocupe e faça dele um ranhoso apaneleirado, contando com o apoio de um excedentário do ofício de onde saiu reformado por atentado ao bom comportamento interno. Mas encontraram-se aqui e amam-se. Estão em sintonia na ofensa e têm pesadelos próprios da velhice e do abandono em que se movem, embora o não pareça. Querem dar uma de apreciados na sociedade mas não passam de bandalhos, ou de canalhas como são apelidados por quem os define bem e os escalpeliza melhor. Arriscam, evidentemente, levarem no cortiço quando menos esperam, estejam de preferência presentes num bar aberto, ou na tal sociedade que frequentam, que é nessa que mais gosto de os humilhar. Recordarão para sempre, a trampa em que chafurdam e hoje insistem em "gorgiagarejar" assim que se sentem entalados por tudo quanto é buraco. Mas isto é assunto que só se saberá mais profundamente, se perguntarmos às suas mulheres, para as quais eles se isolam, ou ao lado de quem adormecem cedo, peidando-se logo pelas manhãs da escrita mal cheirosa. Convém que eles se vejam ao espelho hoje e comparar com a imagem das trombas que verão amanhã, após o acerto de contas. Isto não é uma laracha pouco ingénua. É tão só um alerta de amigo respeitoso, mas bem activo e divertido. Nisto também se podem pronunciar as tais mulheres acima lembradas. Foi cá uma farra, que não dá para contar! Os javardos não iriam gostar da "estória" toda. Vão é perderem-se na procura de palavras para ripostarem, sem recurso a imitação, acto próprio dos parvalhões senis, já pouco imaginativos, mas vaidosos e arrogantes q.b!