Criatividade pouco sofisticada...
O engenheiro Licínio Pina, presidente da Caixa Central do Crédito
Agrícola, enrola-se todo para justificar publicamente o facto de a instituição
pagar à mulher dois mil euros mensais, sem outras funções atribuídas que não
sejam promover a estabilidade emocional do marido, afirmando que pôs essa
condição para aceitar o espinhoso cargo.
À primeira vista é até comovedor que o gestor de topo de uma
instituição bancária diga que precisa da mulher ao lado, que sempre foi ela que
o ajudou a vida toda; mas sendo ela prodessora e ele bancário, decerto nunca
puderam estar lado a lado no trabalho e ele lá se foi aguentando, tornando até
mais romântica a entrada em casa ao fim da tarde.
Diz Licínio Pina, quando já não encontrava saída airosa, que
o vencimento da mulher tinha sido concertado com o Conselho Geral de Supervisão,
que encontrou forma de subtraír da sua remuneração bruta os tais doi mil euros;
e esta história faz-me lembrar aquela cena do padrinho que dava sempre
presentes caros ao afilhado, mas pagava-os com o dinheiro do compadre...
Amândio G. Martins
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