.... que foi Dia da Mãe. Após o almoço, estava eu começando a "pesar figos", toca o telemóvel numa tele-chamada pelo WhatsApp , abro e... vejo as três carinhas sorridentes dos nosssos filhos. As moças em Gaia e Maia, respectivamente, e o rapaz bem mais longe, em Bordéus. Vi logo que a "coisa não era comigo" e chamei a minha mulher que veio toda feliz. Houve um ramo de flores reais que foi entregue simbolicamente às mãos estendidas da Mãe deles e, de seguida, mais de 1 hora de conversa risonha entre todos, animada pelos netos que iam chegando e partindo. Esta foi a nossa "piroseira" ( as aspas são minhas e não do autor...) de ontem.
Não se assustem que já explico. É que, depois de tão boa excitação, o sono passou e puz-me a ler a crónica de Frei Bento Domingues - Deus, a mãe e o bom pastor - no PÚBLICO do dia. E senti-me "pequenino" embora com orgulho de o ser. O erudito dominicano, dividiu o texto em três itens, como, aliás, faz muitas vezes e, no caso de ontem, correspondendo cada um a cada uma das partes que que o título já sugeria. O primeiro - Deus - é dum hermetismo que só com um dicionáro biblico eu poderia fazer uma exegese mínima ( e mesmo assim...). O terceiro - o bom pastor - - fala de bispos e antigos e coevos e não me merece comentário especial. Sobra o segundo - a mãe ( não teria merecido uma maiúscula?...) - o tal que me fez sentir "piroso". Frei Bento chama à colação, unicamente (porquê?), Herberto Helder, para falar da "elogiada do dia" e sai-se com esta: hoje é dia da Mãe (helas!) e das habituais e generosas piroseiras... (sic). Vá lá, ao menos generosas...
Estes tempos de pandemia vírica, tem-me servido para muitas coisas, entre as quais a perda de capacidade para aturar sabichões, convencidos e outros que tais. Pois se há tantos desses e de outros, fazedores de monólogos´e solilóquios e panfletários (ególatras ou não), porque não poderei eu ser um "piroso" que somente se enterneceu com uma alegria filial passada em digital?...
Fernando Cardoso Rodrigues
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