domingo, 31 de maio de 2020

"Fundo perdido" e... impostos

Aquilo que se anuncia como 500 mil milhões de euros subvencionados pela UE  a todos os países dela constituintes, já começa a ser contestado, como seria de esperar, por alguns. Uns, os habituais "profetas de desgraça", outros.... nem tanto. O que dizem? Que "desconfiam" do que serão "reformas estruturais", que se diz haver como exigência prévia, já que isso quererá dizer " impostos sobre o trabalho e as pensões". Suspeiçãp pertinente se nos lembramos do tempo da "troika"com governo PSD/CDS. Agora aparece, pela voz do comissário do Orçamento da UE, Johannes Hahn, austríaco ( e, daí, "suspeito, pois é o grupo dos "forretas"...) a noticia que a tal "dádiva" exigirá alguns novos impostos e.... "puxei logo da pistola"! Só que, li melhor e.... os tais impostos iincidiriam sobre poluição ( com relevância para os plásticos), grande multinacionais e gigantes da tecnologia. Ah, isso é outra coisa diferente do anterior "esbulho" dos pobres, ou não será? Daí que, para já, continuo a não me juntar aos "coro" dos negacionistas ( e alguns niilistas...) sobre o que a Europa tem de bom. E tem muito...

Fernando Cardoso Rodrigues

3 comentários:

  1. Foi (será…) muito boa a mutualização de uma dívida pela UE. Mais que não seja, pelo precedente da “mutualização”. Mas não custa nada ser um bocadinho prudente, mesmo que se arroste com o risco de sermos acusados de “velhos do Restelo”. Como o Fernando bem lembra, as “reformas estruturais” acabam sempre naquilo que sabemos. E elas estarão por aí…
    A implantação dos novos impostos europeus será uma boa ideia (como a de todos os impostos, necessários ao bem público). Há uma “disciplina”, na área das Finanças Públicas, que trata aprofundadamente da “repercussão”. Isso mesmo, de como os impostos circulam pela sociedade e aonde acaba por se verificar a sua incidência na realidade prática. Com tudo o que se possa dizer sobre esses novos impostos, e pela prática dos muitos anos recentes, está-se mesmo a ver que já estou a pensar em que as “grandes multinacionais e gigantes da tecnologia” vão arranjar maneira de os “repercutir” para outrem. E juro a pés juntos que nem há-de ser muito difícil fazê-lo (é bem provável que o esquema já esteja devidamente pensado).
    Mas não sou negacionista, nem niilista, nem estou a contestar nada, muito menos a Europa que, de facto, tem muito de bom. Só que cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
    Ah, e os fundos para subvenções vão ter de ser pagos. Parece que ainda não se conhece a grelha que vai definir, no final (ainda bem que daqui a muitos anos), quem paga quanto.
    Para já, reina um certo optimismo. Desfrutemo-lo.

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  2. Quando a "esmola" é grande até um santo desconfia; e há sempre aquela lengalenga dos "almoços grátis"...

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  3. Eu pensava que mantinha sempre uma dúvida metódica sobre quase tudo... mas estes meus dois companheiros de escrita, cuidado! O José faz da prudência um desconfiar doutrinário e o Amândio até já sobe a fasquia dessa desconfiança do pobre para o santo....

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