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sábado, 9 de maio de 2020
Dia da Europa
Estes são os ideais e vale a pena dissecá-los. O primeito, a Liberdade, tem estado a ser cumprido, em vários itens mas, acima de tudo, de "per se", e é mesmo a principal razão de eu ser europeu por convicção. O segundo, a paz, não totalmente, mas os sobressaltos vêm mais de pulsões nacionalistas que de intenções da UE. O terceiro, a solidariedade, que é, talvez, o de que mais necessitamos no momento actual, teve e tem "escolhos"... mas já a ele voltarei.
Rapidamente regressei. Para dizer que realmente houve na UE uma inflexão "desastrada", no campo da economia,, com as decorrentes repercussões sociais, em que o "neo-keinesianismo" deu lugar a um "neoliberalismo" que minou os outros pilares embora.... sem os conseguir destruir. E como o caminho se faz caminhando, se as bases de pensamento são justas, como eu perfilho, então o "edifício" vai persistir no cumprimento dos seus escopos. E que melhor momento pode existir para "nova inflexão", esta no sentido benévolo, que quando o mundo está todo a sentir um mal comum, e é nestes momentos que os seres humanos são verdadeiramente solidários? Espero bem que sim e acho que tenho razões para isso, se me lembrar do primeiro verso do poema de Schiller que foi "musicado" por Beethoven no NOSSO hino e reza asssim: Ó amigos mudemos de tom...
Viva a EUROPA!
Fernando Cardoso Rodrigues
4 comentários:
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Deixei passar o Dia da Europa para não estragar a satisfação e o entusiasmo do Fernando. Agora, já mais “liberto”, e sem destruir o brilho da efeméride, vou “embaciá-lo” um pouco.
ResponderEliminarFora da UE, Portugal seria bem pior. Ponto assente.
Estou totalmente satisfeito com a UE? Vejamos.
Apesar de não exaustivos, prezo muito os valores referidos pelo Fernando: a Liberdade, a Paz e a Solidariedade. Deveria haver mais, mas enfim…
Devo dizer: a Liberdade, obrigatória para a pertença à União, não é geral. Até ver, não incomoda os portugueses, a não ser por assistirem a uma intolerável (sempre escamoteada) quebra de princípios por alguns dos parceiros. Mau sinal…
Acrescento: a Paz parece estabilizada, mas à custa de quê? Do silenciamento de muitos, entretanto “adormecidos” com a pandemia. Mas não esqueçamos, por exemplo, os catalães e outros independentistas, estejamos ou não em sintonia com os seus anseios e razões.
Por fim, a Solidariedade: completamente desastrosa, (des)praticada de forma que nem se percebe a existência de uma União, e implodindo um dos pilares da sua fundação.
Também quero mais Europa. Mas, de preferência, um bocadinho melhor.
Mas, afinal, estamos de acordo! O ângulo de visão é que é diferente. O meu é "entusiasta" e o seu "depressivo" ou, talvez mais, "desconfiado".
EliminarHá uma coisa que tenho de corrigir: quando usei a palavra nacionalismos, devia ter usado nacional-populismos-
Nota: embora deslocado - ou talvez nem tanto - lembra-se do meu "vou ter razão", de há dias atrás? Pois veja as reacçóes da presidente do BCE e do Tribunal de Justiça Europeu perante a pesporrência do Tribunal Constitucional Alemão! Dir-me-á que a "coisa" ainda não acabou ( desconfiado...) mas eu riposto que é um bom princípio, o aduzido pelas duas referidas instâncias da UE....
Prefiro o “desconfiado”. Sabe como é, gato escaldado…
EliminarRegistei com agrado as “respostas” europeias aos juízes alemães. Mas o Fernando já o disse: a procissão ainda vai no adro, isto é, vamos no quarto de hora inicial do jogo, e nunca se esqueça do Garry Lineker... Mais uma vez, espero que seja o Fernando a ter razão.
Homem sem "fé"!... Outros, com bem menos evidências nas suas áreas de pensamento, praticamente só têm "fé" ou, talvez melhor, "esperança", que será a única das três virtudes teologais que é, inequivocamente, comum a crentes e ateus.
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