Um novo “normal”...
Judas, com um beijo, marcou Cristo para morrer, num ignóbil
acto de traição mas, no tempo actual, na mais pura boa-fé, também podemos
condenar ou ser condenados à morte, com um simples beijo, ou aperto de mão; e
quando a Economia, sempre impaciente, quer empurrar as pessoas para que comecem
a mexer, já está a tirar partido da insegurança muita gente que pode merecer
confiança, mas também muito figurão nada recomendável a quem, mais que proteger,
interessa encher os bolsos à custa do medo das populações.
Os líderes mais impacientes para que tudo volte ao estado de
antes, haja ou não condições, são os mesmos que se opuseram encarniçadamente a
qualquer paragem, porque sabem bem que a maioria dos que morrem é gente que não
lhes interessa para nada, vendo na pandemia mais uma óptima forma de se
livrarem de muitos incómodos.
Os nossos “parceiros” da península, fortemente golpeados
pelo vírus, têm um líder de Governo que não abre mão do comando único para
controlar a moléstia, só permitindo, com
regras apertadas, alguma abertura naquelas regiões que demonstrem ter os contágios
em decréscimo, por muito que protestem os líderes das comunidades autónomas,
alguns do seu próprio partido, que têm pressa em agradar à gente dos negócios
mas, por muita razão que lhes assista, a
Economia só pode funcionar e faz sentido com gente viva e saudável, não com mais
uns quantos milhares de mortos no horizonte, pelo que Pedro Sánchez lhes
responde: “Cumpliremos a rajatabla las recomendaciones de los expertos e los científicos”...
Amândio G. Martins
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