sexta-feira, 29 de maio de 2020


O “pássaro azul” estará de olho?...


O presidente americano ameaça fechar as plataformas de redes sociais, com o choradinho de que “os republicanos sentem que aquelas plataformas censuram as vozes conservadoras”, deixando claro que “vozes conservadoras” significam aldrabice, já que o Twitter travou as suas mentiras; não sei se a criatura terá poderes para tal, que aquela democracia apresenta tantos aleijões no seu sistema de funcionamento, como poder ser eleito quem foi derrotado pelo voto, que tudo parece possível ali.

Mas comprova-se que esta direita grotesca é igual em todo lado; em Espanha também atacam como violação da liberdade de expressão os jornais e televisões que desmascaram as suas mais que descaradas mentiras; o borra-botas que preside ao Brasil mobiliza para a porta do palácio do Governo uma horda de arruaceiros para agredir os jornalistas que desmascaram as suas patranhas, chegando já ao descaro de classificar toda a imprensa mundial de “esquerdista”, só porque lhe destapam a miséria moral que vem exibindo a toda a hora.

O Twitter chama política de “integridade cívica” a sua intervenção contra as falsidades de Trump que por lá circulam; de facto, já há uma ano tinha decidido “marcar” as publicações de importantes figuras políticas que violassem as regras. Mas dizem no JN dois investigadores da Universidade do Minho, Inês Amaral e Francisco Conrado, que essa não é a melhor opção, porque metade do que circula por aquela rede é falso, e a decisão agora tomada pode mesmo favorecer Trump, que não deixará de vitimizar-se perante os seus...


Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. De facto essa questão das proibições é um assunto candente e, mais que isso, um "nó". A democracia tem a garnde vantagem ética de possuir no seu âmago a liberdade de pensamento e expressão, o que a engrandece e estrutura. A extrema-direita, truculenta, percebendo-o, serve-se de tudo o que "tem à mão" para (sobre)viver e avançar. À esquerda, alguns há que, depois de tanto proibir, aduzem a liberdade democrática como um valor ( que é!) que sempre praticaram, isto enquanto vão tentando sobreviver na dor que a implosão lhes causou. A democracia que resista.... sempre.

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  2. Até ao momento, a única proibição de que se pode falar é a que poderá ser imposta por Trump às redes sociais. E ele reage assim perante a aposição nos seus famosos "tweets" de uma sinalética que alerta os incautos para a veracidade da coisa, dando-lhes a possibilidade de verificarem as “verdades” do presidente que, por mero acaso, na sua maioria, são rotundas mentiras.

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