De nada vale às vítimas mortas...
...Mas fica de aviso para actuais e futuros facínoras,
quando os responsáveis morais e materiais de crimes hediondos acabam por ser
apanhados e pagar pelo que fizeram; às vezes demora dezenas de anos, mas esse tempo
de investigação e procura também não é de paz para os criminosos, sempre em
sobressalto, a mudar de sítio e disfarce, como aconteceu no caso em apreço.
Diz a notícia do JN que o financiador do genocídio ruandês,
Félicien Kabuga, foi detido em França, onde se escondia sob falsa identidade,
depois de o ter tentado na Suiça, de onde foi expulso, passando pela República
Democrática do Congo e pelo Quénia, onde chegou a ser detido mas logrou
cumplicidades para escapar.
Este “cavalheiro” responde pelo crime de ter armado as milícias
hutus e posto a rádio de que era proprietário a fazer apelos ao massacre de
que resultou, em 1994, serem dizimadas
famílias e aldeias inteiras sem piedade, pois também hutus moderados foram
assassinados por se terem relacionado com tutsis, formando famílias mistas...
Amândio G. Martins
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