A união de facto entre o presidente da República e o primeiro-ministro
é extraordinária (sem hífen). Este aproveita uma visita conjunta com aquele
a uma fábrica de automóveis, para lançar a candidatura tabu à presidência da
República de Marcelo Rebelo de Sousa(!). Em troca, este declarou apoiar António
Costa, contra o ministro das Finanças, que não comunicou ao chefe do governo a
transferência de mais 850 milhões de euros para o Novo Banco. À posteriori, Marcelo continuando a imiscuir-se em assuntos de governação, fez as pazes com Mário Centeno ao telefone(!). Foi uma ópera bufa!... O presidente dizer que o público está agradecido a este pela sua actuação geral é um manifesto abuso! Quem o outorgou?
A não articulação entre Centeno e Costa sobre a soma milionária ao NB, chamado
banco bom, é uma diatribe política insólita. Com estas centenas de milhões de euros
vindas dos nossos bolsos, os seus gestores ainda vão receber de prémio mais de
2 milhões de euros... Classificar isto de imoral!, é ser benevolente... O actual e inapto governador do Banco de Portugal dá apoio a Centeno como seu sucessor. É um presente envenenado.
Para as repetidas burlas do NB, BES, BPN, os desgovernos têm pago as facturas com o dinheiro do Povo mais pobre da Europa Ocidental - os Portugueses!
Vítor Colaço Santos
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