O 1.º de Maio de 2020, na
celebração dos 130 anos do Dia Internacional do Trabalhador e nos 50 anos da
CGTP-Intersindical Nacional, com os condicionamentos resultantes do surto
epidémico que se atravessa, constituiu uma significativa jornada de luta de
dignidade, coragem e organização na defesa dos direitos dos trabalhadores
portugueses, com expressão pública e de rua em mais de vinte localidades.
Embora a comunicação
social dominante, praticamente só referisse Lisboa e Porto, para arquitectar um
revanchismo neofascista, já tentado nas comemorações do 25 de Abril,
propagandeado por fiéis servidores do grande capital, desde licenciados em
comunicação social, passando por pivots e comentadores televisivos.
Em anos anteriores e
normais, essa mesma comunicação social procurou sempre esconder a dimensão e
participação de milhares e milhares de trabalhadores no 1.º de Maio, tentando
sempre diminuir o seu significado e importância. Em 2020, deu-lhe um destaque
razoável, mas com o mesmo permanente objectivo antidemocrático e reacionário,
para tentar denegrir e alimentar uma campanha despropositada e raivosa contra
os trabalhadores e a sua organização sindical.
Com o mínimo de isenção,
rigor e honestidade, a comunicação social devia apontar o 1.º de Maio, para
além da sua característica de jornada de luta dos trabalhadores, como um
excelente exemplo de organização e disciplina, a ser seguido, no combate ao
covid-19, nomeadamente nas medidas de protecção, distanciamento sanitário e no
respeito das regras e recomendações das autoridades de saúde.
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