domingo, 7 de junho de 2020

A Cultura não é descartável...


    ... mas é o que tem vindo a suceder ao longo de décadas. De quase abandono. A Cultura tem, com urgência, de regressar à política. Repescaram uma senhora para assumir o ministério da Cultura, de quem nunca vimos, ouvimos nem lemos que tivesse uma ténue ligação ao meio(!). O ónus da falta de política cultural entronca na continuada ausência duma dotação de 1% do Orçamento do Estado. Se antes desta
pandemia a Cultura agonizava, agora, ''passamos fome'', dizem-me agentes culturais, comovendo-me. 
   ''Parados, mas nunca calados!'', foi um grito de revolta colectivo que se 
ouviu nas manifestações pela Cultura, em Lisboa e no Porto, reclamando condições profissionais e humanas. O objectivo é regressarem ao trabalho, com justo e efectivo apoio do Estado. Ninguém cria de barriga vazia... e os falsos recibos verdes, muitos precários, actrizes e actores
intermitentes do espectáculo, ainda não tiveram quaisquer ajudas por parte do Estado, sendo urgente que as tenham!
Os profissionais independentes do sector irão receber em Julho e Setembro duas prestações no valor de 1 134 euros. Serão 438 euros por três meses. Nem alcança o salário minimíssimo nacional. Este assistencialismo é manifestamente curto... quase nem chegando para sobreviver.
   A Cultura dá-nos liberdade, campo de visão\acção alargados e inquieta-nos para avançarmos.
   Sem Cultura vivem os bichos! 

      Vítor Colaço Santos 

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