terça-feira, 30 de junho de 2020


Tentando exorcizar o fantasma...


Entre março e junho, houve na família cinco aniversariantes, que habitualmente festejavam cada um na data que lhe cabia; com as restrições impostas pela pandemia, duramente confinados uns, e fortemente condicionados outros, tudo foi sendo adiado para melhor oportunidade, contentando-se cada um com o telefonema de parabéns da praxe.

Com a “nova normalidade”, foi possível agora festejarem por atacado e, reunidos na casa de um deles, mesmo assim não deixamos de almoçar fora, juntando mesas debaixo das árvores, num belo dia de sol de verão; e o que não passaria de um almoço de família igual a tantos outros, teve o “excitante” de mais parecer um exorcismo, perante a excepcionalidade que se tem vivido;  comida caseira da boa, com  o “bolão” do aniversário colectivo adaptado às circunstâncias, com uma só vela no meio, onde foi colada uma etiqueta com o número  274, que foi a soma dos anos de todos, soprada com um abanico, para não encher de perdigotos aquela “obra de arte” caseira...


Amândio G. Martins

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