Do ódio e mentira como propaganda...
São detectadas a toda a hora falsidades em catadupa nas
redes sociais, e continuam a fazer caminho porque encontram receptores ávidos
daquele lixo, que já puseram alguns javardos no comando de grandes países; diz
a notícia do JN que, nas últimas semanas, foram detectados online mais de
quatro mil mensagens de ódio na União Europeia.
Mas, tanto quanto se pode perceber, o código de conduta criado, sendo um mecanismo voluntário de
autoregulação, mesmo que tenha sido subscrito pelas principais plataformas,
revela-se insuficiente para acabar, ou sequer minimizar, a porcaria que grassa nas
redes.
A vice-presidente da Comissão para os valores da Transparência
vincou que “chegou o momento de garantir que todas as plataformas têm as mesmas
obrigações em todo o mercado único, e de clarificar na legislação as suas
responsbilidades”; de facto, talvez que legislação específica para o fenómeno resolva, com coimas dissuasoras
para incumpridores, que isto de autoregulação revela muitas fragilidades.
Tenho verificado que, em Espanha, há jornais online que
fazem um trabalho notável, a que as televisões dão ampla cobertura, desmontando
as vigarices com que muitos políticos procuram intoxicar a opinião pública; de
facto, com jornalistas que dominam aqueles mecanismos, desmascaram os autores
das patranhas, identificando a origem das imagens e textos, alguns muito
antigos, que são falsamente apresentados como sendo a realidade actual daquele país...
Amândio G. Martins
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