Talvez a hiena fosse o bicho mais adequado...
Quando foi chamado ao Parlamento, para que se percebesse
como funcionava o universo Espírito Santo, com o BES à cabeça de tudo, e o
porquê da sua derrocada, Ricardo Salgado usou uma figura de estilo, ou uma metáfora
manhosa, chamando em sua defesa um leão; claro que terá “comovido” pouca gente,
saltando à vista de qualquer pessoa minimamente informada e atenta que toda
aquela “comandita” tinha atirado para a
lama a que foi muito respeitada marca “Espírito Santo”.
E aquela emissão de dívida, nas vésperas do “estouro”, que
lesou o banco em mil milhões de euros, até contou com a preciosa ajuda daquele génio
da finança que era, ao tempo, o presidente da nossa República, o homem que se gabava
de ter sido sempre eleito com maiorias absolutas - coisa pouco lisonjeira para
quem o elegeu – e que estava para nascer quem fosse mais sério que ele, levou
muitos portugueses, acreditando no seu “aval”, a enterrar as economias que os
Espírito Santo, de má-fé, “agasalhavam” em contas várias fora do país, segundo
a conclusão a que chegou o DCIAP...
Amândio G. Martins
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