Há muito que me vem incomodando que, na informação diária “servida” à hora do almoço (agora, passámos a “almoçar” apenas de dois em dois dias…), a ênfase fosse posta no número de novos infectados. Na minha singeleza analítica, agora confortada pela leitura do artigo “Visto daqui”, de Sónia Sapage, pensava haver falta de um dado importante: o número dos infectados “activos”. Os portadores do vírus que, entretanto, deixaram de o possuir, parecia-me ser de grande relevância, dado que favorecem o rácio da imunidade global, e que, quanto a novas vacinas, até ver, estamos “conversados”.
Fiquei contente em contabilizar uma diminuição no número de infectados activos em mais de 43%, num período de 34 dias desde o início do desconfinamento. Se pudesse, pagava anúncios a publicar nos principais jornais dinamarqueses, austríacos e gregos (entre outros países), com esta divulgação, a que acrescentaria que o “alarmante” número de novos infectados se tem verificado esmagadoramente no seio de comunidades de trabalhadores precários a habitarem casas sobrelotadas de Lisboa, que se deslocam em transportes públicos suburbanos, “geografias” facilmente evitáveis pelos potenciais turistas daqueles países. Ainda lembraria o enorme aumento do número de testes realizados, em percentagens que a maioria dos países não consegue atingir. Mas será que querem ouvir a verdade? Talvez não, porque, entre outras coisas, o que eles querem é surripiar o turismo das nossas terras.
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