segunda-feira, 29 de junho de 2020


Generosidade é com eles...


Todos crentes em Deus, católicos muito devotos mas, como uma vez dizia Carlos Carvalhas, num debate no Parlamento, só conseguem rezar o “Padre Nosso” até ao “venha a nós”! Diz a notícia que os gestores das grandes cotadas portuguesas ganham trinta vezes, alguns cinquenta vezes mais que os trabalhadores que fazem funcionar as organizações que dirigem.

Alguns gestores a nível mundial – lê-e no JN – tomaram a iniciativa de partilhar o esforço da actual crise, cortando nos seus salários, gestos notáveis, comparados àqueles que se apressaram a cortar custos e receber ajudas do governo sem cortar no topo, diz uma análise da Bloomberg.

E no topo das que, no nosso país,  pior pagam ao seu pessoal constam a Jerónimo Martins – cujo velho líder, há pouco falecido, pontificava em todos os eventos da Direita, perorando que empregava muitos milhares de pessoas, deixando sempre a ideia que o país não lhe dava o valor que um tal génio merecia -  Mota-Engil, Ibersol, Sonae e CTT; diz o director de uma consultora que a crise poderá levar a uma aproximação do salário dos gestores à remuneração média dos trabalhadores mas, no que diz respeito aos portugueses, digo eu, talvez seja avisado esperar sentado...


Amândio G. Martins





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