E até há quem lhe chame “arte”!...
A Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses queixa-se de
gastar, por ano, na limpeza dos borrões que os vândalos actuais, destruidores
da propriedade alheia – nada a ver com aquele povo germânico que, no século V,
andou por estes lados – deixam nos comboios das principais linhas do país, um
montante equivalente à compra de um comboio novo todos os anos.
Isto é dinheiro que sai do bolso de todos nós, tendo em
conta o “estatuto” daquela companhia, e a pergunta que apetece fazer é se não
ficaria mais barato pagar vigilância específica para combater a corja de
malfeitores que tanto prejuízo causa. Há uns tempos foi notícia um episódio
ocorrido nos arredores do Porto, quando um funcionário da CP surpreendeu a
bandidagem em flagrante e, na precipitação da fuga, morreu um dos “artistas”,
de nacionalidade espanhola – talvez na terra dele fosse mais difícil borratar comboios – e li no JN
que a família demandou, ou quis demandar criminalmente aquele funcionário!...
Amândio G. Martins
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