Da estúpida procura de “adrenalina”...
Quando esta peste de vírus por cá apareceu, supostamente
trazido de Itália por alguém da indústria do calçado que teria estado numa
feira desse negócio, a coisa espalhou-se assustadoramente depressa pela região
do Porto, ao ponto de as informações reportadas pelas autoridades o referirem
constantemente, comparativamente com a “grande Lisboa”, que andou bastante
tempo “convencida” de que estaria imune.
E agora, que cá por cima parece ter-se reduzido muito, é
importante termos sempre presente quão enganonoso isso pode ser, pelo que faz
sentido que se mantenham anuladas as grandes festas e romarias, sem ceder aos apelos dos que
dessas manifestações populares fazem a sua vida, já que ficará muito mais
barato à sociedade subsidiá-los enquanto se espera por melhores dias.
E é por isso que se torna chocante a irresponsabilidade daqueles
que, um pouco por todo o lado, se comportam em ajuntamentos como se já estivéssemos
no melhor dos mundos, ou a sua juventude os mantivesse ao abrigo de contágios,
coisa já mais que demonstrada que não acontece; podem e são mais resistentes
que os velhos, curando-se mais facilmente, mas isso não lhes dá qualquer
direito a desafiarem o perigo, na busca da tal “adrenalina”, espalhando depois
a infecção por onde passam e deitando por terra o esforço de tanta gente nos
serviços de saúde!...
Amândio G. Martins
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