Olof Palme, com Willy Brandt, foi o expoente da quase exemplar social-democracia. Soube-se agora quem o assassinou, homem que entretanto já se suicidou e cujo nome não consigo pronunciar. Um vulgar profissional de seguros. Ficará para as calendas ou para o vácuo saber qual, especulando, a origem da eventual ordem de matar, que poderá ter vindo do PKK, KGB, regime do "apartheid" sul africano ou, mais comezinhamente, da esposa porque ele, algumas vezes... "pulava a cerca".
O que me interessa registar aqui, como singela homenagem, é o nome dum verdadeiro social-democrata que colocava no terreno a doutrina política que o informava. Desalinhado dos dois polos dominantes, soviético e norte-americano, criticava ora um ora outro, sem deixar de ter "imperativo político" isento, como se viu no apoio à descolonização. Isto enquanto fazia construir o seu país com equidade, em que a riqueza, não proscrita, não se podia tornar obscena mas sim regulada, de modo a que o Estado tomasse em mãos os impostos dos quais saíam serviços públicos exemplares e que todos serviam. E tudo isto... em Liberdade! Também a ele devo o ser social-democrata.
Fernando Cardoso Rodrigues
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.