terça-feira, 16 de junho de 2020


Coisas pequenas...


Já passaram muitos anos, e o que recordo dos porquês é pouco claro, mas o pai da coisa era o Cavaco de má memória, ainda chefe de Governo, e a pessoa a quem o “aborto” se destinava era Fernano Gomes, ao tempo presidente da Câmara do Porto; o disparate foi muito discutido nos mais diversos quadrantes, pelo caso nunca visto de uma lei ser feita com o propósito de atingir um homem concreto.

Nunca mais, que me recorde, se repetiu semelhante disparate, até que volta a ser discutida, na dita casa da democracia, uma lei para impedir um homem de aceder a um importante cargo, para o qual está qualificado, sem que para tal seja apresentada uma boa razão, apenas lengalenga sem sentido que se perceba.

Não direi que a questão de fundo não faça sentido, que é obrigar a que quem quer que seja que saia de um Governo não possa ocupar de imediato outros cargos públicos de relevo, mas também à nova lei que querem fazer aprovar se deveria aplicar a mesma regra, informando toda a gente que a partir de uma data predeterminada entraria em vigor; de facto, o que agora se vê é que está a ser feita à pressa, deliberada e declaradamente para aquele homem que, tanto quanto julgo saber, nem é militante do partido do Governo...


Amândio G. Martins

1 comentário:

  1. Neste caso do Centeno, confesso alguma "divisão". O valor/curriculum do homem é mais que suficiente para ser governador. O ir regular aquilo que geriu, não será bom. A favor também contará que, na Europa, não há impedimentos destes. Ainda a favor de Centeno joga o facto de ir "de público para público", o que é tráfego. e não de público pa privado que é mais tráfico...Acrescento que o facto de o projecto de lei "ad hominem" para o impedir, vir donde veio, "puxa-me" para o apoio ao homem....

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.