quinta-feira, 18 de junho de 2020

O "melhor bocado"...

O "senso comum" dir-nos-á que, habitualmente, se guarda para o fim, mas vou aprendendo que não será a melhor opção. Primeiro, com a minha já falecida Mãe que, dona duma inteligência acurada, comia sempre primeiro, o melhor que tinha no prato. E, quando perguntada sobre a razão de não ter "bom senso", dizia "candidamente" que.... no final podia já não lhe apetecer.
Ontem voltei a lembrar-me disto, ao ver a final da Taça de Itália entre o Nápoles a Juventus. Empatados a zero no fim dos 90 minutos, foram a penaltis. E a equipa de Turim s desperdiçou os dois primeiros remates, chutados por Dibala e Danilo (!). Ou seja, ao 4º remate já os napolitanos tinham a mão na taça! E... Ronaldo? Nem sequer teve oportunidade de tentar! E relembrei a minha Mãe e o seu "sorrizinho maroto" a dizer-me: estás a ver, tanto se guarda o melhor que, às vezes, já não apetece ou, pior ainda,.... já veio alguém e "comeu-o".

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. Como compreendo a sua Mãe! Levei décadas a comer sem gosto, ou mesmo a não comer, o melhor bocado, apetecido e guardado... inutilmente. Até que aprendi.
    Quanto ao Ronaldo, resta-nos a consolação de não ter contribuído, directamente, para a derrota da Juventus. Nem "arriscámos", nem "petiscámos". Ao menos, do outro lado, sempre estava o Mário Rui.

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