domingo, 21 de junho de 2020

Ordem dos Médicos

Há dias, num comentário, disse que aqui voltaria com o tema da "morte assitida e da recente posição da Ordem dos Médicos (OM). Uma decisão do Conselho Nacional executivo foi comunicada aos poderes de Estado, em carta assinada pelo Bastonário, avisando que não integraria qualquer comissão nem indicaria nenhum médico em processos de eutanásia. Leia-se "morte assitida". Confesso a minha discordância.Para exercermos a profissão temos que estar inscritos na OM, mas esta não pode tomar posições prévias sobre disposições individuais, mais a mais sabendo - e eu já estive em algumas reuniões plenárias da Secçãodo Norte - que há profissionais  a quem não repugna exercer a ajuda a pessoas que, com autonomia e enquadrado em lei com critérios bem apertados, e executada sob observação, querem a morte para si próprias. Tudo sem clandestinidade. Como pode a Ordem ignorar duas autonomias conjugadas: a do doente a do médico? Aliás, mesmo partindo do princípio que a Ordem não tem intenções axiomáticas, porque não faz ela um referendo aos médicos e assim terá ideia certa sobre quantos discordam da posição agora assumida em jeito de "aviso à navegação" pela instituição?

Fernando Cardoso Rodrigues

3 comentários:

  1. E uma vez mais tem toda toda a razão:

    E:

    Como pode a Ordem ignorar duas autonomias conjugadas: a do doente a do médico? Aliás, mesmo partindo do princípio que a Ordem não tem intenções axiomáticas, porque não faz ela um referendo aos médicos e assim terá ideia certa sobre quantos discordam da posição agora assumida em jeito de "aviso à navegação" pela instituição?

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  2. Esta Ordem - hoje......- além de várias outras "situações" parece não ter grande simpatia pelo SNS!!! E quanto à morte assistida, o Fernando disse tudo.....

    MAS!!!!!

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  3. O Dr. Guimarães deve pensar que, como o escolheram, é porque nele confiam para lhes ditar o que devem fazer...

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