sábado, 13 de julho de 2019

Descoroçoado

Foi sempre uma coisa que me fez confusão, mas agora muito mais. Duas coisas que acabam que se cruzar numa só. A primeira, que muitas pessoas, ao exercerem uma profissão, se cinjam ao desempenho do que "lhes compete" alheando-se dum saber que lhes é comum mas compete a outros actores. Estou a lembrar-me dos juízes, que executam a lei feita por outros, deputados, governos e academia, sem dar "feed-back" a montante ( passe a redundância), tentando corrigir, como se o executar os ilibasse de todas as outras implicações e responsabilidades cidadãs. A segunda é ver que o aumento quase exponencial do saber e de doutorados nos mais variados campos daquele, caminha "pari passu" com o avolumar de subida de truculentos e/ou ineptos ao poder, fazendo a "balança" pender para o lado destes em tantos assuntos da vida de todos nós. Mais espantosamente ainda se pensarmos que o "prato" que mais desce, contem "ganga ignorante", como é o caso das gritantes alterações climáticas que todos nós ( excepto"eles") vemos, do cientista ao ser humano comum. É a vitória dos pusilânimes e dos ignorantes? Disse.

Fernando Cardoso Rodrigues

3 comentários:

  1. Infelizmente vive-se numa era de “ culto da mediocridade “ - cumprir os mínimos, e fazer de conta que o resto alguém há de fazer; e inebriar-se com “contos da carochinha “ que apontam para caminhos mais fáceis ( e de preferência, mais baratos ), Só que o barato sai ( quase sempre ) muito mais caro... 🤔🤔🙄
    E ( mais uma vez ) “ alguém, algures “ há de pagar ...

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  2. Ocorre-me citar a célebre frase do professor Abel Salazar aos seus alunos, quando lhes incentivava a "mundividência", dizendo-lhes que o médico que só sabe medicina, nem medicina sabe...

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  3. Estamos numa daquelas fases descendentes da História, em que vale o nivelamento de tudo e todos, por baixo.

    Extensível a todas as profissões….sem excepções….

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