“Sinverguenza, acojonado y lameculos”!...
É bem provável que expressões como as que vão acima também
sejam usadas por alguns dos nossos políticos, mimoseando com elas, em privado,
os seus “inimigos de estimação”, na aridez da luta política; contudo, ainda não
chegamos ao limite de ver escarrapachados nas redes adjectivos deste calibre.
Mas foi o que fez – e fazem com frequência os seus parceiros
de direcção – Santiago Abascal, de Vox, dirigindo-se a Albert Rivera, de
Ciudadanos, por este insistir em não querer negociar com eles qualquer acordo
que implique repartição de cargos nas autarquias e governos autonómicos.
E se esta gente de Vox é mesmo horrível, não deixa de ter
razão quando insiste que, se precisam dos seus votos, também devem repartir os
cargos, coisa que C.s, pressionados pelos aliados europeus, como Macron, querem
pelo menos passar a ideia de que não aceitam, embora acabem por fazê-lo, de uma
ou outra forma, para impedir que os socialistas, que ganharam as eleições na
maior parte das autarquias e autonomias, assumam o poder...
Os de Vox juram por Deus e por Espanha, lealdade ao rei e à
Constituição, mas querem acabar com as autonomias, que estão gravadas na Carta
Magna, a começar pela ensino, cujos programas são da responsabilidade dos
governos autonómicos, com variantes de região para região, como as línguas
locais, com que também prometem acabar e impor só o Castelhano; e dizem, em
relação ao ensino, coisas de estarrecer, como um dia destes ouvi a Rocio
Monasterio, uma senhora ainda jovem, em relação à educação sexual nas escolas: “Están
enseñando a nuestros niños como masturbarse y hacer sexo con animales”!...
Amândio G. Martins
Novamente a "arte do possível" como designação de política. Mercadeja-se num vale tudo que nos pode sair caro a todos, ao vender a alma...
ResponderEliminarNaõ percebi muito bem aquela do Macron, mas vou pensar melhor...
Macron tem a ver com o grupo dos liberais, de que Rivera se reivindica; e quando começou a ser notória a entrada da ultra-direita nos vários governos que se têm vindo a formar em Espanha, de que Ciudadanos faz parte, Macron fez-lhes saber do seu desagrado...
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